A descoberta do novo material aconteceu quando uma equipa de investigadores da universidade, liderada pela professora Young-A Lee, estudava o subproduto de colónias de bactérias e leveduras encontradas numa bebida feita a partir da fermentação de um chá rico em cafeína, a kombucha.
Composta de fibras de celulose em forma de gel, quando recolhida e seca, a substância dá origem a um material parecido com o couro; o visual e a textura são praticamente idênticos.
Por serem bio-degradáveis, o ciclo de vida dos produtos produzidos com este tipo de couro falso é ainda mais sustentável.
Em condições controladas por laboratório, o material leva três a quatro semanas a desenvolver-se.
Este é provavelmente o primeiro couro cultivado do mundo.
“Para a maioria das pessoas, a moda é uma expressão efémera de cultura, é arte e tecnologia a manifestarem-se em forma”, diz Young-A Lee, citada pelo jornal da Iowa State University.
“As empresas de moda produzem novos materiais e roupas, de estação em estação, ano após ano, apenas para corresponder às necessidades e desejos dos consumidores”, lembra a investigadora.
“Esses produtos e artigos todos irão eventualmente acabar, como qualquer outro lixo, em enormes espaços subterrâneos”, conclui Lee.
Para a investigadora, este couro sintético é assim uma alternativa mais sustentável para a indústria da moda – e para toda a humanidade.
ZAP / EcoD