Se cá em baixo bem agradeceríamos ter sítios para viver que se pudessem expandir conforme a necessidade, facilmente se percebe que no espaço ou noutro planeta isso seria ainda mais desejável; e para esse efeito a NASA vai instalar um módulo experimental insuflável na ISS.
A aventura da exploração espacial é feita de um sem número de compromissos, onde nem sempre – ou, melhor dizendo: raramente! – se pode ter aquilo que se quer.
Um desses compromissos consiste no volume e peso, que convém ser o menor possível para o lançamento, mas que se desejaria poder expandir quando estivesse no espaço ou na superfície de outro planeta – uma capacidade que seria extremamente útil para a criação de habitáculos e outros espaços, e que a NASA vai experimentar na ISS.
A próxima missão de reabastecimento da ISS vai levar consigo um módulo BEAM -Bigelow Expandable Activity Module, que será instalado na estação espacial e a ela ficará ligado durante dois anos, para avaliar o seu desempenho.
Trata-se de um módulo insuflável, capaz de se expandir do seu tamanho “compactado” de 1.7 x 2.3 metros para 3.6 x 3.2 metros em apenas 45 minutos, disponibilizando um volume bastante superior para todo o tipo de operações.
A tripulação da ISS apenas fará quatro curtas visitas ao módulo durante o período de testes, não por haver receio quanto à sua segurança – embora seja insuflável, a sua resistência a impactos é igual à dos restantes módulos em metal que constituem a ISS – mas simplesmente por falta de tempo na agenda já completamente preenchida dos astronautas.
Ao longo destes dois anos irão ser monitorizados parâmetros como a temperatura e a protecção contra radiação, para se saber se estes módulos poderão no futuro vir a servir de alojamento a missões de longa duração.
Em particular, a muito aguardada missão tripulada a Marte.