FIFA abre investigação à atribuição do Mundial 2006 à Alemanha

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CLF / Visual Hunt

Franz Beckenbauer, presidente do Comité de Organização do Mundial de 2006 da FIFA, na apresentação da bola oficial do torneio, a Adidas Teamgeist Berlin

O Comité de Ética da FIFA decidiu abrir procedimentos formais relativamente a seis responsáveis envolvidos na atribuição à Alemanha do Campeonato do Mundo de futebol em 2006.

Em comunicado, o organismo que tutela o futebol mundial indicou que serão objeto de procedimentos formais o presidente do comité organizador do Mundial de 2006, Franz Beckenbauer, os ex-presidentes da Federação Alemã de futebol (DFB) Wolfgang Niersbach e Theo Zwanziger, os ex-secretários-gerais da DFB Helmut Sandrock e Horst Schmidt, bem como Stefan Hans, antigo responsável financeiro da DFB.

Em particular, a FIFA indica que estarão em investigação “possíveis pagamentos irregulares e contratos para ganhar vantagem” na atribuição do Mundial de 2006 e financiamento associado, em violação de vários artigos do Código de Ética da organização.

O antigo futebolista Franz Beckenbauer, que presidiu ao Comité Organizador do Mundial 2006, tem negado que a atribuição da prova à Alemanha tenha sido paga com subornos.

Na votação, que decorreu em 2000, a Alemanha ganhou o direito de organizar o Campeonato do Mundo por uma vantagem de um voto, tendo conquistado 12, contra os 11 da África do Sul, após a abstenção do neozelandês Charles Dempsey.

No início de fevereiro, a DFB reclamou 6,7 milhões de euros a Fedor Radmann, antigo vice-presidente do organismo e um dos responsáveis do Comité Organizador do Mundial 2006.

A DFB alegou que essa verba foi transferida em 2000 pelo Comité Organizador para a FIFA e que nunca foi “devidamente justificada” nas contas do organismo.

O relatório da empresa que investigou a atribuição do Mundial 2006 à Alemanha, encomendado pela DFB, concluiu que não existiu qualquer prova concreta de compra de votos no processo.

Franz Beckenbauer negou a compra de votos, apesar de a DFB ter reconhecido que efetuou um pagamento de 6,7 milhões de euros à FIFA, mas que não estaria relacionado com o torneio.

O antigo futebolista alemão chegou a assumir que cometera um “erro” enquanto presidente do comité organizador, mas garantiu que não comprou votos para ter o direito de sediar a prova.

A 10 de novembro, o vice-presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB) Rainer Koch disse que é tempo de Franz Beckenbauer falar sobre as alegadas irregularidades na atribuição do torneio.

Futebol365

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