Há um restaurante que deixa entrar cães – mas banqueiros não

Les Ecuries de Richelieu / Facebook

Interior do Restaurante Les Ecuries de Richelieu, em Paris

Interior do Restaurante Les Ecuries de Richelieu, em Paris

Há um restaurante gourmet em Paris que aceita a entrada de cães no estabelecimento, mas que não permite a entrada a banqueiros.

“Cães aceites, banqueiros banidos (excepto com taxa de entrada de 70 mil euros)”. Eis o alerta que aparece na tabuleta à porta do Les Ecuries de Richelieu, um restaurante gourmet situado nos subúrbios de Paris.

O dono do estabelecimento, Alexandre Callet, de 30 anos, resolveu tomar esta medida por estar furioso com os Bancos, depois de ter visto vários pedidos para um empréstimo de 70 mil euros recusados.

Ele queria abrir um segundo restaurante mas, apesar de ter tido no ano passado, conforme diz ao site The Local, um volume de negócios de 300 mil euros, não conseguiu o empréstimo e não pode assim expandir o seu negócio.

“Acredito na reciprocidade. Tinha que responder. ‘Se me atinges, atinjo-te a ti.’ Trataram-me como um cão, por isso nego-lhes o acesso”, explica Alexandre Callet ao The Local.

“Isto não é apenas uma loja de kebab. O meu restaurante está no Guia Michelin e vêm cá estrelas de cinema. Muitos banqueiros que me rejeitaram [o empréstimo] conhecem-me. Vêm cá”, frisa o proprietário do Les Ecuries de Richelieu.

Ele queixa-se de que, quando tinha 23 anos e tentou abrir o restaurante, teve 20 pedidos de empréstimo rejeitados, lamentando que os empreendedores franceses têm que “pôr-se de gatas” perante a Banca.

Alexandre Callet culpa, em última instância, o que chama de “socialismo à francesa”, notando que o país tem “um sistema de Segurança Social que tem um orçamento maior do que o orçamento da defesa americana” e queixando-se de que os empresários franceses não conseguem “encontrar oxigénio”.

SV, ZAP //

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