Até 11,7 milhões de empregos em risco devido a crise no turismo europeu

Staff / EPA

A crise no turismo desencadeada pela pandemia pode colocar em risco ainda neste ano até 11,7 milhões de postos de trabalho na União Europeia (UE), caso haja necessidade de novo fecho de fronteiras, revelou um estudo do Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia.

Embora Portugal não seja dos países mais afetados, o Algarve é uma das zonas de maior impacto, noticiou esta quinta-feira o Diário de Notícias, citando o estudo, desenvolvido pela unidade de investigação para apoio das políticas comunitárias, entre 15 de abril e 15 de junho, para calcular os efeitos das alterações comportamentais dos turistas.

No estudo são revistos três cenários: o pior tem novo encerramento generalizado de fronteiras e o movimento turístico deste ano 68% abaixo do de 2019. Num cenário médio, com procura por destinos domésticos e alternativos, coloca a perda em 52%. Na melhor das hipóteses, as quebras poderão ficar em 38%.

A crise no turismo vai colocar entre 6,6 milhões e 11,7 milhões de postos de trabalho em risco nos 27 países da UE, apontou o estudo. Croácia, Chipre, Malta, Grécia, Eslovénia, Espanha e Áustria deverão ser os países mais afetados.

Em termos regionais, o maior impacto será em zonas mais dependentes do turismo internacional, como o Algarve, onde o emprego na hotelaria tem um peso de 11,9% (o do turismo, em geral, supera os 30%), nos dados citados e relativos a 2018.

As regiões onde o peso do emprego no setor de alojamento é superior a 8% estarão mais vulneráveis, destacando a Grécia, o Egeu Meridional, as ilhas Jónicas e Creta – com percentagens entre os 12,2% e os 29,1% -, o norte de Itália (10,3%), o Tirol austríaco (9,4%) e, em Espanha, as ilhas Baleares (8,8%). A Madeira surge também entre as regiões de maior risco.

Contudo, segundo os autores, os efeitos no emprego poderão ainda ser mitigados face às perdas de resultados registadas pelas empresas do setor.

ZAP //

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