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Espécie de tigre extinta há 40 anos poderá ser ressuscitada

Bill Ebbesen / Wikimedia

O ADN do Tigre Siberiano é praticamente igual ao ADN do Tigre-do-Cáspio

O ADN do Tigre Siberiano é praticamente igual ao ADN do Tigre-do-Cáspio

Um grupo de cientistas quer ressuscitar o Tigre-do-Cáspio, uma subespécie de tigre que foi extinta por volta da década de 1960 e que pode pesar mais de 136 quilos.

O estudo, publicado na revista Biological Conservation, sugere que este animal irá renascer graças a outra subespécie de tigre encontrada na Rússia.

O Tigre-do-Cáspio foi condenado à morte no momento em que a Rússia colonizou o Turquestão, uma região que inclui partes da Rússia, Mongólia, China, Cazaquistão, Iraque, Afeganistão e vários outros países da Ásia Central.

No começo do século XX, o governo russo declarou que não havia lugar para o tigre na região, e ordenou o exército russo para exterminar todos os tigres encontrados.

Devido à intensa caça, o Tigre-do-Cáspio recuou das planícies para as áreas de florestas, depois para os pântanos ao redor de alguns grandes rios e finalmente para as montanhas, até ser extinto completamente. Após o extermínio dos animais, as florestas foram convertidas em terras de cultivo.

No entanto, quando comparado com as restantes subespécies de Tigre, verificou-se que na prática o Tigre-do-Cáspio e o Tigre Siberiano encontrado na Rússia divergiram de um antepassado comum.

Os cientistas descobriram que o antepassado comum de ambas as subespécies colonizou a Ásia Central há cerca de 10 mil anos. Alguns tigres ficaram no Turquestão e tornaram-se em Tigres do Cáspio, enquanto que os restantes evoluíram para o Tigre Siberiano.

(dr) Heptner & Sludskiy 1972

Reconstituição artística do Tigre-do-Cáspio

Reconstituição artística do Tigre-do-Cáspio

Apesar de estar classificado como “em perigo”, o tigre Siberiano pode ser encontrado na região de montanha de Sikhote Alin e na província de Primorye no Extremo Oriente da Rússia.

Um local ideal para isso já foi identificado no Kazaquistão e pode abrigar até 100 tigres nos próximos 50 anos.  No momento os especialistas estão a tentar descobrir como popular a região com as presas naturais do Tigre-do-Cáspio, como javalis e veados.

O projeto, financiado pelo World Wildlife Found – WWF, está a avançar da melhor maneira e já conta com o apoio das agências ambientalistas e governamentais. E brevemente, o Tigre-do-Cáspio estará de volta.

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