Vueling deixa em terra uma passageira por estar a usar um body

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RHL Images / Flickr

Laura foi impedida de entrar no avião da Vueling porque as hospedeiras consideraram que a jovem estava a usar um fato de banho e que a sua resposta foi “abusiva”.

Uma jovem de 24 anos preparava-se para embarcar num avião em Palma de Maiorca, com destino a Barcelona, quando os funcionários da Vueling a proibiram de embarcar por considerarem que levava uma “roupa inadequada“.

Segundo o El País, a jovem trazia vestido um body preto, uma saia e uma sapatilhas pretas. No entanto, segundo a companhia aérea, Laura estava de fato de banho e o seu comportamento foi “abusivo”, tendo por isso decidido deixá-la em terra.

A Vueling foi alvo de várias críticas depois de ter sido publicado na Internet um vídeo que mostra Laura a ser impedida de entrar no avião. Nesse mesmo vídeo, publicado pela irmã da jovem, consegue-se ouvir uma funcionária da transportadora aérea a dizer a Laura que não vai embarcar naquele voo e, de seguida, a surpresa de alguns passageiros ao perceberem o motivo pelo qual a jovem foi barrada. “Como é que ela não pode voar se não incomoda ninguém?”, ouve-se uma passageira a questionar.

“Quando estava na fila vi olhares entre uma hospedeira de bordo e outra que estava ao balcão. Depois chegou a minha vez e o funcionário que me atendeu disse-me que não ia voar e que deveria comprar alguma coisa para vestir. Eu disse-lhe que tinha um lenço para me tapar e ele disse-me que nem com isso iria voar”, explicou Laura, citada pelo jornal espanhol.

Depois de alguns protestos, as comissárias de bordo acabaram por chamar a Guarda Civil, que confirmou que os viajantes estavam a tentar entrar no avião quando o comandante lhes negou a possibilidade de voar.

Várias pessoas deram roupa para que ela se ‘tapasse’ e mesmo assim não a deixaram entrar”, explicou a irmã de Laura no Twitter.

Segundo o Observador, a empresa respondeu às acusações, adiantando que “as condições de transporte da Vueling e da maioria dos transportes coletivos, e que se aplicam igualmente a homens e mulheres, destinam-se a defender e proteger a segurança de todos os seus passageiros e para regular o seu comportamento em benefício de todos” e que Laura “estava de fato de banho”.

“A resposta ao pedido do agente de handling foi abusiva e é a única razão pela qual foi decidido ligar para as autoridades competentes e não a permitir voar”, acrescentou ainda companhia aérea através de uma publicação no Twitter.

Mas a versão da companhia aérea difere da de Laura. Segundo a Vueling, os funcionários pediram que a jovem se tapasse e ela obedeceu, mas quando se preparava para embarcar terá voltado a destapar-se “e começou uma discussão com a equipa da companhia aérea, que foi forçada a chamar a Guarda Civil porque a situação se tornou extrema”.

Laura desmente estas acusações e frisa que em nenhum momento foi mal educada com os funcionários da companhia aérea.

ZAP //

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