O Sporting voltou a rugir e venceu o Vizela por 0-2, numa partida relativa à primeira jornada da segunda volta da Liga Bwin.
Foi ainda na primeira parte que os “leões” fecharam as contas do encontro, com duas grandes finalizações de “Pote” e de Daniel Bragança.
Os anfitriões bateram-se bem, mas voltaram a demonstrar pouca acutilância e agressividade nos momentos de finalização e de pressão.
A estratégia de Álvaro Pacheco resultou nos primeiros 18 minutos. O Vizela defendia de forma agressiva num 1x4x5x1 e conseguia sair com perigo em rápidas transições.
A ocasião mais clara surgiu ao minuto sete quando Adán esticou-se e negou o golo a Cann.
Paulatinamente, o Sporting conseguiu reforçar o “miolo” com os recuos de Pote e Sarabia e equilibrou a contenda. Na primeira finalização perigosa, Bragança deixou o aviso decorria o minuto 18.
Dez minutos volvidos, “Pote” assinou um golaço e abriu o activo, após assistência de Sarabia. O número 28 não marcava há nove encontros de seguida em todas as provas.
Os “leões” não tiraram o pé do acelerador, Pedro Silva evitou o 0-2 de Paulinho (30’), mas nada conseguiu fazer quando Bragança, qual “maestro”, abriu o livro e carimbou mais um grande tento no final da tarde deste domingo em Vizela.
Pedro Gonçalves era o melhor em campo ao intervalo com um GoalPoint Rating de 6.7. Autor do golo inaugural, “Pote” fez dois remates, cinco passes valiosos e três acções com a bola na área contrária.
Com a entrada de Cassiano para a vaga de Cann, os vizelenses tentaram ter mais presença na frente de ataque, abriram o jogo e as oportunidades foram surgindo, com mais predominância na área dos da casa, mas nem por isso o Sporting passou a ser verdadeiramente incomodado.
Porém, ora por mérito de Pedro Silva ou de Adán, ora por demérito dos jogadores, o “placard” não voltou a mexer.
Com o resultado, o Vizela somou a terceira derrota consecutiva (duas na Liga e outra no duelo dos quartos-de-final da Taça de Portugal).
Já os leões regressaram aos triunfos após o desaire nos Açores e aumentam a distância para o Benfica de quatro para seis pontos.
Numa partida que decorreu a um bom ritmo, há a lamentar os vários desacatos que ocorreram na fase final fora das quatro linhas.
Destaques do Vizela
Pedro Silva 6.1 – Contra um “leão” que é velho conhecido, esteve em foco ao totalizar quatro intervenções. Sem culpas nos dois golos sofridos.
Ofori 5.9 – Tentou dar vida ao seu flanco com um passe para finalização, dois passes valiosos e sete cruzamentos.
Méndez 5.4 – Aos 51 minutos ficou a centímetros de encurtar distâncias com um tiro que seria um golão. Fez ainda dois passes para finalização e recuperou a bola por cinco vezes.
Destaques do Sporting
Pedro Gonçalves 7.0 – Na antevisão ao duelo deste domingo, Rúben Amorim tinha lançado o mote: “Quero que aumente os níveis de agressividade dele na pressão. Os golos vão aparecer. Ele dá-nos muito mais do que golos. O que ele tem de fazer é continuar a trabalhar que os golos vão aparecer”. E assim foi, terá sido profecia? O certo é que “Pote” voltou aos golos – após um jejum de nove jogos – e foi fulcral nesta vitória leonina. Além do tento, carimbou cinco “tiros” no total, sete passes valiosos, sete acções com a bola na área do Vizela, cinco passes aproximativos e teve êxito em seis passes longos em sete tentados.
Sarabia 6.7 – Foi quando o espanhol começou a aparecer em cena que o Sporting foi começando a tomar conta das incidências. É dele a assistência para o 0-1 e o segundo golo também passou pelos pés do espanhol. Realce, ainda, para os cinco passes para finalização gizados, sete passes valiosos, dois passes super aproximativos e sete acções com a bola na área do Vizela.
Coates 6.4 – Exibição segura do capitão, que se destacou com um remate, 100 acções com a bola, três intercepções e outros tantos alívios.
Matheus Reis 6.2 – Neste momento, Feddal é o suplente do brasileiro, que é titular indiscutível, quer na linha de três defensores ou fazendo o corredor canhoto. Importante na primeira fase de construção, foi quem mais teve a bola (110 acções) e demonstrou uma eficácia de 94% nos 89 passes feitos, recuperou a bola em dez ocasiões e acertou três de quatro dribles.
Nuno Santos 6.2 – Fez todo o flanco esquerdo e a assistência para o 0-2, realizando três passes para finalização, cinco acções com bola na área contrária e dois desarmes.
Gonçalo Esteves 5.8 – Esteve apenas 20 minutos em campo, mas o suficiente para se mostrar com dois passes para finalização, eficácia total nos dois dribles feitos e duas recuperações.
Ricardo Esgaio 5.7 – Após a chuva de críticas na sequência da exibição em São Miguel, o ala voltou a estar seguro: um remate, quatro passes valiosos, três cruzamentos, dois desarmes, três intercepções e três passes/cruzamentos bloqueados. A nota sofreu um corte devido a uma ocasião flagrante desperdiçada.
Ugarte 5.6 – Jogou os últimos 20 minutos e apareceu com dois desarmes, duas recuperações de posse e 19 passes correctos em 21.
João Palhinha 5.4 – Saiu de cena com um remate (desenquadrado), três variações de flanco, quatro acções defensivas no meio-campo contrário e três desarmes.
Gonçalo Inácio 5.4 – Regresso eficaz ao “onze” – oito recuperações e dois remates bloqueados -, ainda marcou, mas estava em posição irregular.
Melhor em Campo
Daniel Bragança não era titular na Liga deste a jornada 9 e mais do que justificou a confiança com uma belíssima exibição, estando activo, com e sem a bola.
O médio foi autor de dois remates, um golaço, três passes valiosos, falhou apenas cinco dos 68 passes realizados (eficácia de 93%), somou 91 acções com o esférico e acertou três dos quatro dribles tentados
Ainda recuperou a bola cinco vezes, tendo ainda averbado cinco acções defensivas no meio-campo adversário, três desarmes, cinco intercepções e sofreu quatro faltas.
“Performance” de alto nível do criativo, que “sentou” Matheus Nunes e que foi o MVP da partida com um óptimo GoalPoint Rating de 8.0.
Resumo
// GoalPoint