Vila do Conde revela que tem 173 casos ativos no concelho

Daniel Pockett / EPA

A Câmara de Vila do Conde, do distrito do Porto, revelou esta quarta-feira que existem 173 casos ativos de covid-19 no concelho e que já está em marcha um plano de apoio à população, assim como ações de sensibilização.

Segundo a autarquia vila-condense, a maior parte dos casos está concentrada na área urbana do concelho, embora também se verifiquem situações relevantes nas freguesias de Guilhabreu, Mindelo, Azurara e Árvore.

Estas informações foram esta quarta-feira transmitidas pela presidente da câmara local, Elisa Ferraz, numa conferência de imprensa em que confessou serem “situações que preocupam”, mas garantiu estarem em marchas várias medidas para mitigar o problema.

“Temos um carro nas ruas para sensibilizar a população sobre a transmissão do vírus, temos as camas de retaguarda montadas e ativas para receber as pessoas que solicitarem apoio, assim como o programa ‘Estamos Aqui’ que oferece ajuda social, psicológica e alimentar”, disse a autarca.

Elisa Ferraz disse, ainda, estar “em contacto permanente com a Autoridade de Saúde e as forças de segurança [PSP e GNR]” para uma vigilância aos estabelecimentos de restauração e esplanadas que proporcionam aglomerados, sobretudo nesta altura e verão.

A autarca lembrou ainda que foram suspensas as visitas aos lares de idosos e unidades de cuidados integrados de Vila do Conde e também na cidade vizinha da Póvoa de Varzim, e que foi adiada, por mais 15 de dias, a reabertura dos centros de convívio no concelho.

Elisa Ferraz revelou que o cemitério de Guilhabreu é, por enquanto, o único do concelho a estar encerrado à população e afirmou que, após uma avaliação conjunta com a Autoridade de Saúde local, foi decidido manter a realização da feira semana de Vila do Conde, com as medidas de higienes e segurança já anteriormente implementadas.

Questionada sobre a origem deste surto no concelho, autarca disse “não ter informações concretas” sobre o tema, mas relacionou-o com o foco que surgiu numa fábrica de conservas em Caxinas, em julho. “Para nós, o cerne da questão começou com o foco de infeção na [fábrica] Gencoal, que entretanto dizem-me estar controlado, mas que terá ramificado. No entanto, também não sabemos se houve casos importados, que levaram a este aumento do número de infetados em Vila do Conde”.

De acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral de Saúde, Vila do Conde regista 496 casos de infeção pelo novo coronavírus, sendo que 215 se reportam ao período entre entre 1 de julho e 10 de agosto.

Portugal regista mais três mortes por covid-19 e 278 novos casos de infeção em relação a terça-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Há ainda a registar mais 180 casos recuperados.

Portugal tem atualmente 12.519 casos ativos de covid-19 e 161 surtos, circunstâncias em que os casos ativos estão ligados a um fenómeno comum, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde em conferência de imprensa.

ZAP // Lusa

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