Uma mãe passa cinco minutos a dar um raspanete à filha, que mentiu na internet sobre a idade que tinha. Um pai rapa o cabelo à filha. Outra mãe dá chineladas no filho, que gravou um vídeo íntimo da namorada.
Recentemente, o Facebook e as redes sociais foram inundados por uma onda de vídeos em que pais aparecem a humilhar os seus filhos e a dizer que publicar estas gravações é uma forma de os castigar e lhes dar uma lição.
Mas um pai americano resolveu rebater esta “moda” de vídeos virais de humilhação de crianças e adolescentes de uma maneira criativa.
Wayman Gresham publicou um vídeo no qual aparece ao lado do filho, em pé, a segurar uma máquina de cortar o cabelo. O rapaz está sentado numa cadeira, cabisbaixo.
Gresham, que tem quatro filhos e vive em Fort Lauderdale, na Flórida, começa por dizer, num tom duro, que não educou o filho a portar-se mal na escola ou agir como um palerma.
Mas quando Gresham aponta a máquina ao cabelo do miúdo, para o castigar, diz inesperadamente: “Espera, vem cá, dá-me um abraço, meu filho!“.
Depois do abraço, Gresham diz que não há nada no mundo que o fizesse humilhar o filho, seja a rapar-lhe o cabelo ou de outra forma.
“Ser um bom pai é muito mais do que isso. Ser um bom pai começa muito antes de perder o controlo”, diz.
“É fazer com que o seu filho tenha a certeza de que o ama, independentemente do que ele seja ou o que ele faça. É mostrar o caminho, sendo um exemplo.”
E entretanto, o seu vídeo já teve mais de 20 milhões de visualizações – provavelmente, mais do que todos os vídeos de pais a humilhar filhos, juntos.
ZAP / BBC