O Cabido de Cardeais, o grupo que gere as ações da praxe na Universidade do Minho (UM), anunciou esta segunda-feira que as praxes presenciais voltam ao estabelecimento de ensino durante “todo o mês de julho”.
Em comunicado publicado no Facebook, o grupo que gere a praxe minhota em Braga e Guimarães explica que o regresso serve para para se “fazer um fecho ao ano praxístico”, anunciando ainda uma série de medidas para tentar assegurar o distanciamento social.
As praxes não poderão agora exceder as três horas de duração, não podem juntar-se mais de vinte pessoas e o uso de máscara é obrigatório para todos os elementos que participem nas atividades, sejam estes caloiros ou praxantes.
As ações de praxe, pode ler-se ainda, devem ser agendadas com antecedência, com hora e local marcado, e carecem de ser previamente autorizadas.
“Cabe a cada um de nós ser responsável e consciente das suas ações e da projeção que teremos para o exterior. É pedido a todos os envolvidos que ajam com responsabilidade porque, e como tem acontecido recentemente, rapidamente podem nos ser retiradas as liberdades que fomos alcançando”, pode ler-se na mesma nota.
Ao jornal Público, o papa da academia minhota (o responsável máximo da praxe na UM), Pedro Domingues, esclareceu que todas as autoridades locais “estão a par de tudo” (autárquicas, de segurança – “como a GNR e a PSP” – e de saúde) e as “regras muito rigorosas” foram delineadas em conjunto com essas autoridades.
A Braga TV dá conta que vários estudantes já contestaram a retoma das atividades.
“Que falta de responsabilidade é essa? Denunciar já nas instituições competentes. Praxes presenciais com o aumento de contágio, com encerramento de Jardins de Infância e do Instituto Politécnico da Guarda, havendo já tantos jovens internados com a covid-19?”, pode ler-se num dos comentários na publicação do Cabido de Cardeais.
“Acredito que devem reavaliar a vossa decisão! É assim tão imprescindível a praxe presencial? Não estarão outros valores em causa? Sou pela praxe e sei que a praxe é muito mais que isto!”, refere uma estudante.
De acordo com o mesmo órgão, uma estudante fez já uma exposição à Direção-Geral da Saúde para impedir que a comunidade académica avance com as praxes presenciais.
Isso é que é importante!