Ucrânia está a implementar “a maior operação logística desde a II Guerra Mundial”

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que desde fevereiro de 2022 a Ucrânia está a lançar a maior operação logística desde a 2.ª Guerra Mundial.

“Tivemos um encontro ao mais alto nível, entre a Ucrânia, a NATO e os União Europeia [UE]. Foi bastante útil, foi importante e falámos sobre as questões mais urgentes associadas à segurança da Ucrânia”, indicou o responsável, numa conferência de imprensa conjunta com o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, em Bruxelas.

Disse também, citado pela CNN Portugal, que “esse tipo de encontros não vão acontecer mais porque a Ucrânia um dia vai ser membro da UE e da NATO e não será necessária uma cimeira multilateral”.

“Temos que estar cientes que desde fevereiro de 2022, a Ucrânia e os parceiros estão a implementar a maior operação desde a 2.ª Guerra Mundial”, apontou ainda.

Reagindo ao discurso do Presidente russo, Vladimir Putin, Jens Stoltenberg lamentou a suspensão da participação da Rússia num tratado de controlo de armas nucleares. “Com mais armas nucleares e menos controlo de armas, o mundo fica mais perigoso”, referiu igualmente.

Em resposta à acusação de Putin de que o Ocidente estava a tentar destruir a Rússia, Stoltenberg declarou, citado pelo Público, que Moscovo é responsável pela invasão da Ucrânia: “Foi a Rússia que começou esta guerra de conquista imperial”, afirmou.

“Como Putin disse hoje, ele está preparado para mais guerra (…) e não a pode vencer”, declarou o chefe da NATO, acrescentando: “seria perigoso para a nossa própria segurança e para o mundo inteiro”.

Pouco depois, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificava a decisão anunciada por Putin como “profundamente infeliz e irresponsável”.

“Vamos observar com muita atenção o que a Rússia vai realmente fazer”, disse ainda Blinken aos jornalistas, em Atenas. “Claro que vamos assegurar de que, em qualquer circunstância, estaremos numa posição adequada para a segurança do nosso próprio país e dos nossos aliados”.

A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, que estava na Ucrânia, disse que o discurso de Putin tratou-se de “propaganda”, e que tinha tido esperança de ouvir algo mais construtivo.

“Uma parte do meu coração tinha esperado por palavras diferentes, por um passo em frente”, declarou Meloni, que estava a visitar a cidade ucraniana de Irpin, uma das localidades perto de Kiev em que foram registados crimes de guerra russos durante as semanas que durou a ocupação russa.

ZAP //

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