Turquia deixa de apoiar adesão da Suécia à NATO

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Tolga Bozoglu / EPA

Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esta segunda-feira que a Suécia deixará de contar com o apoio do seu país na candidatura à NATO, após Estocolmo ter autorizado a realização de uma manifestação anti-turca no sábado.

“A Suécia não pode esperar o nosso apoio [na adesão] à NATO. Se não respeitar as crenças religiosas da República da Turquia ou dos muçulmanos, não receberá nenhum apoio nosso”, garantiu o Presidente turco.

Erdogan tinha colocado várias condições para aprovar a entrada da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica, incluindo medidas contra movimentos curdos estabelecidos nesses países nórdicos.

Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia já tinha convocado o embaixador da Suécia em Ancara, para protestar contra a autorização de uma manifestação marcada por um grupo extremista para Estocolmo, com o objetivo de queimar o Corão frente à Embaixada turca na capital sueca.

A 14 de janeiro, o principal assessor de Erdogan, Ibrahim Kalin, disse que a Turquia “não está em condições” de ratificar a adesão da Suécia à NATO, após um incidente entre os dois países nessa semana.

“Não estamos em condições de enviar a lei de ratificação ao parlamento, temos um verdadeiro problema nesta questão”, referiu Kalin, afirmando que os deputados iriam provavelmente rejeitar o documento.

Ancara denunciou, a 12 de janeiro, um vídeo, montado por um grupo próximo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na Suécia, que simula o Presidente Erdogan enforcado, tendo convocado uma reunião com o embaixador sueco.

As imagens do boneco representando o Presidente turco pendurado pelos pés num junto à câmara municipal de Estocolmo, que circularam pela internet, não foram bem aceites por Ancara.

O incidente aconteceu numa altura em que a Turquia já demonstrava dúvidas sobre a adesão dos dois países à NATO, mantendo o pedido bloqueado desde maio do ano passado.

ZAP //

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1 Comment

  1. Será que a Suécia precisa mesmo da NATO? Se calhar, basta-lhe um acordo de defesa multilateral com os vizinhos escandinavos e bálticos, além da Alemanha e Reino Unido. Quanto ao Erdogan, faria melhor em não hostilizar tanto os seus vizinhos (gregos e curdos, nomeadamente).

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