Trump coloca Musk na Casa Branca: vai “cortar despesas” e despedir pessoas

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Truth Social

Musk vai co-chefiar novo departamento no governo. O homem mais rico do mundo quer “tornar o governo divertido” — vai despedir pessoas e cortar nos gastos. Para o Departamento da Defesa, vai um apresentador da Fox News.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai nomear o homem mais rico do planeta, o empresário Elon Musk, para chefiar um novo departamento de “eficiência governamental”.

O republicano anunciou que pretende nomear o dono da Tesla e da Space X, que desempenhou um papel inédito na campanha de Trump, juntamente com o empresário republicano Vivek Ramaswamy, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira.

“Juntos, estes dois grandes norte-americanos vão traçar um caminho para a minha administração desmantelar a burocracia governamental, reduzir a regulamentação excessiva, cortar nas despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais”, disse o magnata, que tinha já elogiado por diversas vezes o milionário e estreitado relações com ele: “Deixem-me dizer-vos que temos uma nova estrela. Nasceu uma estrela: Elon. Ele é fantástico”.

Num comunicado de imprensa, Musk escreveu: “Isto vai enviar ondas de choque através do sistema e de qualquer pessoa envolvida no desperdício do Governo, que é muita gente”.

Após o anúncio, Musk, que anunciou também que quer “tornar o governo divertido novamente” (em referência ao slogan de campanha de Trump), publicou na sua rede social, X: “Ameaça à democracia? Não, ameaça à BUROCRACIA!!!”.

Recentemente, Musk apelou a pelo menos 2 mil milhões de dólares (quase 1.9 mil milhões de euros) em cortes na despesa federal, quase um terço do orçamento do governo, sem fornecer pormenores. Propôs ainda a eliminação de centenas de agências federais, garantindo que muitas delas têm áreas de responsabilidade que se sobrepõem.

O The Guardian lembra que Musk tem uma vasta experiência na redução das despesas das empresas.

Na sua rede social X, antigo Twitter, reduziu o pessoal em 80% depois de a ter comprado em 2022, uma medida que, segundo o milionário, evitou um défice de 3 mil milhões de dólares. Ainda assim, a medida “de outra forma, não compensou”, escreve ainda o The Guardian.

 

No ano passado, quando se candidatou à presidência, também Ramaswamy disse que iria despedir mais de 75% da força de trabalho federal e encerrar várias agências importantes, incluindo o Departamento de Educação, o FBI e o Gabinete de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, conta a BBC.

Em simultâneo, Trump anunciou que pretendia nomear como secretário da Defesa Pete Hegseth, que nos últimos oito anos foi apresentador da Fox News, o canal de televisão preferido dos conservadores nos Estados Unidos.

Hegseth é um antigo major do exército norte-americano e veterano condecorado das guerras no Iraque e no Afeganistão.

“O Pete passou toda a vida como um guerreiro das tropas e do país. O Pete é duro, inteligente e um verdadeiro crente no ‘América em Primeiro Lugar‘ [um dos slogans da campanha de Trump]”, disse, em comunicado.

Trump nomeou ainda a aliada Kristi Noem, governadora do Dakota do Sul, como secretária para a Segurança Interna, responsável pelas alfândegas e fronteiras.

“Kristi tem sido muito dura na segurança fronteiriça. Foi a primeira governadora a enviar soldados da Guarda Nacional para o Texas para ajudar na crise fronteiriça de [o atual Presidente Joe] Biden”, disse o republicano, em comunicado.

Outrora apontada como uma candidata à vice-presidência, Noem foi alvo de críticas depois de publicar um livro de memórias em que divulgou ter abatido um cachorro a tiro por o considerar indomável.

Horas antes, Trump disse que pretende nomear o ex-diretor dos serviços de informações, John Ratcliffe, para liderar os serviços secretos norte-americanos (CIA).

Ex-congressista republicano do Texas, Ratcliffe liderou as agências de espionagem do governo dos EUA durante a pandemia da covid-19, durante o último ano e meio do primeiro mandato de Trump.

Donald Trump já tinha anunciado, também na terça-feira, a intenção de designar o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee como embaixador norte-americano em Israel.

Huckabee é um defensor acérrimo de Israel e o anúncio da nomeação ocorre numa altura em que Trump prometeu alinhar mais estreitamente a política externa de Washington com os interesses do Governo israelita.

Trump nomeou ainda Bill McGinley, secretário de gabinete na sua primeira administração, como conselheiro na Casa Branca.

ZAP // Lusa

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5 Comments

  1. Óh ze, ele é Americano, não é português, faz isso e muitas coisas mais ao mesmo tempo…….e é capaz de dar tudo certo.

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