Trump volta a atacar procuradores no caso Roger Stone. Deviam “pedir-lhe desculpa”

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Kevin Dietsch / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente norte-americano disse que os procuradores que pediram uma pena até nove anos de prisão para Roger Stone deviam pedir-lhe “desculpa”. Stone, amigo de Donald Trump, é considerado culpado de obstruir uma investigação ao alegado conluio entre a sua campanha presidencial em 2016 e a Rússia.

Depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) ter decidido reduzir o tempo de prisão recomendado para Stone e de os quatro procuradores responsáveis pelo memorando inicial terem pedido para serem retirados do processo, o chefe de Estado voltou a criticar o poder judicial.

“Há assassinos e toxicodependentes que não apanham nove anos de prisão. Nove anos por ter feito algo que ninguém sabe sequer definir”, queixou-se, acrescentando que os procuradores deveriam “pedir desculpa” a Stone e que a acusação era uma “vergonha”.

Segundo reportou o New York Times, quando questionado pelos jornalistas sobre um perdão presidencial a Stone, Trump não negou a possibilidade: “Ainda não quero dizer isto, mas posso dizer-vos que houve pessoas a serem atacadas de forma traiçoeira e maliciosa por pessoas corruptas”.

Na sua conta pessoal no Twitter, Trump comentou uma publicação anterior em que elogiava o procurador-geral, William Barr, a respeito do caso, negando que a comunicação fosse “política” e considerando que este “tomou conta de um caso que estava completamente fora de controlo”.

O Departamento de Justiça garantiu que o caso não tinha sido discutido com a Casa Branca e que a decisão de anular a pena recomendada pelos quatro procuradores saiu diretamente dos gabinetes do procurador-geral e do procurador-geral adjunto, Jeffrey A. Rosen.

Embora as declarações e a interferência de Trump no Departamento de Justiça não seja ilegal, as suas ações em relação a este caso têm sido criticadas, nomeadamente na oposição democrata.

ZAP //

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