Florian Wieser / EPA
O candidato ecologista Alexander Van der Bellen venceu as Presidenciais austríacas, derrotando o candidato da extrema-direita Norbert Hofer
O Tribunal Constitucional considerou inválido o resultado das presidenciais, que aconteceram em maio passado, acabando por dar razão ao recurso interposto pela extrema-direita.
Esta decisão sem precedentes, que valida o recurso interposto pelo partido de extrema-direita FPÖ, abre caminho à realização de novas eleições no outono.
O Partido da Liberdade, que viu o candidato Norbert Höfer perder por uma margem mínima na segunda volta, decidiu avançar com um pedido de impugnação junto do Tribunal Constitucional.
Em causa estão os votos por correspondência, que deram a vitória ao ecologista Alexander Van der Bellen com 50,3% dos votos, pois o partido da extrema-direita considera ter havido irregularidades no processo de contagem.
Em duas semanas de audiências, os advogados do partido apelaram para o facto da contagem ter sido irregular em 94 dos 117 distritos austríacos, conta a BBC.
A defesa declarou ainda que alguns votos foram abertos antes do prazo, que muitos deles terão sido contados por pessoas que não estavam habilitadas a fazê-lo e que alguns menores de idade e estrangeiros puderam votar.
Van der Bellen devia assumir a 8 de julho as funções presidenciais, que agora vão ser asseguradas interinamente pela presidência da câmara baixa do Parlamento.
Depois das eleições, o candidato vencedor recebeu várias ameaças de ultra direitistas, que apelavam “à luta e à realização de atentados”.
Caso Höfer, engenheiro aeronáutico de 45 anos, vencesse, isso constituiria a primeira eleição de um chefe de Estado da União Europeia proveniente de um partido de extrema-direita.
ZAP / Lusa
As forças conservadoras ou de esquerda da Europa tudo tentam fazer para encobrir o avanço da extrema-direita europeia no entanto não são é capazes de encontrar o caminho certo para que os europeus não se sintam cada vez mais espoliados dos seus direitos e valores e o resultado está á vista.