Concelhos de pior risco, como Rio Maior e Odemira, aceleram testagem

Tiago petinga / Lusa

Os concelhos de Odemira, em Beja, e de Rio Maior, em Santarém, são dois dos seis concelhos que estão no vermelho que vão iniciar uma testagem massiva à população. Portimão já o fez na semana passada, nos restantes não está previsto.

De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral de Saúde (DGS), há neste momento seis concelhos que têm uma taxa de incidência de 240 casos por 100 mil habitantes: Rio Maior, Odemira, Moura, Ribeira de Pena, Carregal do Sal e Portimão.

Segundo o jornal Público, em cinco dos seis concelhos, a estratégia de testagem massiva aberta a toda a população não foi aplicada, mas apenas em lugares específicos como locais de trabalho e escolas.

A exceção foi Portimão que, na semana passada, realizou uma campanha aberta à população em geral, que abrangeu duas mil pessoas. O concelho registou surtos principalmente no setor da construção civil.

Agora, irá avançar-se só com testes rápidos em grupos específicos, como os pescadores, funcionários que prestam apoio domiciliário de idosos e funcionários dos hotéis.

Odemira e Rio Maior vão iniciar, esta semana, uma operação de testagem à população em geral, conta o mesmo diário, acrescentando que, no caso de Rio Maior, a testagem que era realizada até agora incidiu sobretudo em empresas, o que permitiu identificar um surto numa panificadora, com 40 casos.

Em Odemira, onde a comunidade migrante que trabalha na apanha da fruta eleva a população para mais de 30 mil pessoas, o objectivo é testar cinco mil pessoas numa semana.

Nos restantes três concelhos, acrescenta o matutino, não estão previstas testagens massivas. Em Carregal do Sal, o surto que provocou uma subida dos casos foi desencadeado por uma funcionária de um lar que prestava apoio ao domicílio.

No caso de Ribeira de Pena, tratou-se de um surto entre os trabalhadores na construção da barragem do Alto Tâmega e, em Moura, bastaram 40 casos positivos para pôr o município em risco.

150 mil professores e funcionários testados esta semana

Cerca de 150 mil professores e outros funcionários escolares vão ser alvo de testes entre segunda e sexta-feira para despistar o coronavírus SARS-Cov-2, anunciou, este domingo, o Ministério da Educação.

“O processo de testagem em estabelecimentos de educação e ensino do setor público e do setor privado prossegue a partir de segunda-feira, coincidindo com o início do 3.º período letivo e com a retoma das atividades presenciais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

“O processo de testagem em estabelecimentos de educação e ensino do setor público e do setor privado prossegue a partir de segunda-feira, coincidindo com o início do 3.º período letivo e com a retoma das atividades presenciais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Cerca de 150 mil trabalhadores docentes e não docentes vão ser testados entre os dias 5 e 9 de abril”, lê-se em comunicado.

Segundo os responsáveis ministeriais, trata-se da II fase da “Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2” e, “como é habitual, estas informações foram já remetidas às escolas”.

A ação é extensível a “todos os trabalhadores de Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF) no 1.º ciclo do ensino básico (CAF1), nos “concelhos com taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”.

“De acordo com informação prestada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), todos os docentes e não docentes vacinados deverão ser igualmente testados“, esclareceu o Ministério da Educação, que adiantou ainda que, desde janeiro, outros tantos 150 mil docentes e não docentes, aproximadamente, já foram alvo de testes antigénicos.

Esta segunda-feira, o Presidente da República e o ministro da Educação vão visitar a Escola Básica Francisco Arruda, em Lisboa, acompanhando assim o processo de reabertura do estabelecimento e a referida testagem.

Tiago Brandão Rodrigues vai ainda deslocar-se ao Centro Escolar de Carvoeira, em Ourém, para proceder à sua inauguração, após investimento “superior a 1,8 milhões de euros” num “edifício” que “dá resposta a cerca de 200 crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico”.

ZAP // Lusa

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