Os T-rex podem ser na realidade três espécies diferentes. Rei, rainha e imperador

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Um novo estudo analisou os dentes e os ossos das coxas dos fósseis e encontrou diferenças suficientes para dividir os T-rex em três espécies — mas a tese divide os cientistas.

O famoso Tiranossauro Rex pode, afinal, ter pertencido a uma dinastia com mais de uma espécie.

De acordo com um novo estudo publicado na Evolutionary Biology, este conhecido dinossauro dividiu-se em três espéciesT-Rex, Tyrannosaurus imperator e Tyrannosaurus regina.

Desde os anos 90 que o aumento das descobertas de fósseis de T-Rex tem permitido aos cientistas descobrir mais informações sobre estes animais, o que abre a porta à possibilidade de descobrirmos se estes dinossauros pertencem a uma única espécie.

Para responderem a esta questão, a equipa por detrás do estudo analisou os fósseis de 38 T-rex, com um foco especial no número de dentes da frente na mandíbula inferior e a corpulência dos ossos das coxas, nota a New Scientist.

Os especialistas descobriram uma variação em ambas estas características, acreditando assim que este dinossauro se divide em três espécies distintas. O T. imperator distinguiu-se por ter quatro dentes incisivos pequenos e por ter as coxas fortes de um dinossauro maior e mais pesado.

Esta espécie terá depois evoluído até ao aparecimento de duas outras espécies mais jovens. O T. regina tinha ossos das coxas mais finos e era mais pequeno enquanto que o T. rex tinha coxas mais corpulentas e era mais pesado.

Os autores acreditam que os ecossistemas modernos nos mostram que os predadores evoluem e se dividem em espécies distintas, pelo que é provável que este tenha sido também o caso com os tiranossauros.

Estes resultados têm implicações nos fósseis de tiranossauros mais famosos, como a Sue, que passa a ser um T. imperator, e o Stan a ser classificado como um T. regina.

O estudo está já a dividir a comunidade científica, com alguns cientistas a acolherem a hipótese, como Philip Currie, que descreve como “incrível” a tese de que “as mudanças anatómicas da espécie parecem alterar-se com o tempo”.

Já Stephen Brusatte pertence ao grupo de cientistas céticos. “Percebo a tentação de dividir o T. rex em espécies diferentes, porque há alguma variação nos ossos dos fósseis que temos. Mas ultimamente, para mim, esta variação é muito pequena. Até ver provas mais fortes, estes continuam a ser todos T. rex para mim”, defende.

Os críticos do novo estudo apontam ainda outro problema para além da falta de provas concretas, lembrando que os investigadores incluíram dados de fósseis que pertencem ao Instituto de Investigação Geológica Black Hills, uma corporação privada na Dakota do Sul.

Os cientistas argumentam que os estudos se devem limitar a analisar os fósseis em coleções públicas, porque estes exemplares vão estar sempre disponíveis para os estudos científicos.

ZAP //

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1 Comment

  1. Uau, que descoberta sensacional. Não há mais nada para fazer ou investigar, num planeta ameaçado pela guerra, seca, fome, sede, alterações climáticas, etc?

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