Julian Assange, um dos maiores nomes do ciberativismo atual, deverá ser interrogado esta quinta-feira, na sequência de um acordo entre a Suécia e o Equador.
Na última sexta-feira, ambos os países assinaram um acordo que autoriza o interrogatório de Assange na embaixada do Equador em Londres, onde o australiano está exilado desde 2012. O fundador do WikiLeaks é acusado pelas autoridades suecas de ter violado uma ativista.
O governo equatoriano pronunciou-se sobre o acordo afirmando que “é uma ferramenta que fortalece relações bilaterais e facilita, por exemplo, a execução de ações legais como o questionamento do Sr. Assange, isolado na embaixada equatoriana em Inglaterra”.
As negociações envolvendo o acordo estavam em andamento desde o junho.
“O acordo também assegura a implementação e o reforço da legislação nacional e os princípios da lei internacional, particularmente aquelas relacionadas aos direitos humanos, para o pleno exercício da soberania nacional em qualquer evento de assistência legal que pode ser requerido entre Equador e Suécia”, lê-se na nota emitida pelo país sul-americano.
As autoridades da Suécia tentam interrogar Assange desde 2010, quando duas mulheres suecas acusaram o fundador do WikiLeaks de abuso sexual. O australiano negou de imediato as queixas realizadas e não compareceu para um interrogatório sobre o caso na Suécia.
O receio de Assange é que seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser condenado a prisão perpétua ou até mesmo à morte por ter publicado centenas de informações confidenciais do Governo norte-americano e de grandes empresas através do WikiLeaks.