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Sporting 1-0 Aberdeen | “Leão” eficaz segue para o play-off

José Sena Goulão / EPA

O Sporting foi eficaz e assegurou uma vaga no “play-off” de acesso à fase de grupos da Liga Europa.

Na noite desta quinta-feira, num embate relativo à 3ª pré-eliminatória da competição, os “leões” bateram o Aberdeen por 1-0, graças a um golo madrugador apontado pelo jovem Tiago Tomás. Na próxima ronda, haverá um reencontro com o LASK, que cilindrou os eslovacos do DAC por 7-0.

O jogo explicado em números

  • No primeiro “onze” oficial dos “leões” esta época, 61 dias após o dérbi da última jornada do campeonato ante o Benfica (1-2) no Estádio da Luz, Rúben Amorim escolheu três reforços, a saber: Adán, que ganhou a corrida a Max, Feddal, que ocupou a vaga do habitual titular, o jovem Eduardo Quaresma (a recuperar da Covid-19), e Pedro Porro em detrimento de Ristovski. Destaque, ainda, para Sporar que não foi opção inicial, num ataque móvel que contou com Tiago Tomás, Vietto e Jovane Cabral.
  • No primeiro remate da partida, o primeiro golo. Eficácia suprema dos “leões”, que abriram a contagem logo à passagem do minuto 10: Vietto assistiu Tiago Tomás e este rematou de primeira e não falhou a ocasião. O dianteiro tornou-se no jogador mais jovem de sempre – 18 anos, três meses e nove dias – a marcar no jogo de estreia pelo conjunto de Alvalade nas provas da UEFA.
  • O Aberdeen respondeu e ficou próximo do empate aos 14 minutos, quando McGeouch cruzou e por muito pouco não surpreendeu Adán, que atento defendeu para canto. Nesta fase, os “leões” tinham 74% da posse de bola, eficácia de 93% nos 109 passes trocados, face aos parcos 31 dos escoceses.
  • Tentando abrandar o ritmo de jogo sempre que foi possível, o Sporting ia controlando os ímpetos do adversário, que apenas ameaçava através de bola parada ou abusando dos cruzamentos – oito aos 39 minutos –, que quase nunca tinham correspondência. No segundo remate enquadrado da equipa, ao minuto 40, Jovane Cabral quase ampliava a vantagem, valendo nesta situação a rápida intervenção do guarda-redes Lewis. Dois minutos volvidos, o camisola 77 voltou a tentar a sorte, mas desta vez o tiro saiu descalibrado e por cima do alvo.

Intervalo No final da primeira metade, a vantagem era leonina e tudo graças a um remate certeiro do jovem Tiago Tomás. A partir daí, o Sporting foi gerindo a vantagem e só a espaços o Aberdeen, que chegou a Lisboa com oito jogos nas pernas, tentou aumentar a velocidade, mas sem sucesso e demonstrando muitas limitações no seu processo, usando e abusando do jogo directo, dos passes em profundidade e das bolas paradas, a principal arma em termos ofensivos. Tiago Tomás, com um GoalPoint Rating de 6.0, era o MVP e os números premiavam o avançado: um remate certeiro, foi 100% eficaz no capítulo do passe – oito tentados e oito certos -, 12 acções com a bola e uma falta sofrida.

  • No recomeço, apenas aos 56 minutos houve uma jogada de registo. Pedro Porro cruzou com as coordenadas certas, Tiago Tomás, sem marcação na grande área, cabeceou e desperdiçou por poucos centímetros soberana ocasião para aumentar a vantagem e bisar. Foi o primeiro remate da etapa complementar e o sexto do Sporting na partida.
  • Aos 80, o capitão Coates esticou-se e travou para canto o remate de Hedges. O Aberdeen subia as linhas e apostava todas as suas armas em busca do empate. A equipa portuguesa, com menos fulgor, ia valorizando a posse de bola, tinha 584 passes trocados e uma eficácia de 88%, contra os 95 (68%) do emblema visitante.
  • A três minutos dos 90, Hedges voltou a assustar. O avançado dos escoceses aproveitou uma desatenção do Sporting, dominou o esférico, disparou um míssil e falhou o alvo por muito pouco. Valente susto para os “leões”, que já não tinham forças para “ferir” a baliza adversária. Pouco depois, Coates voltou a ser lesto e impediu que a bola chegasse à cabeça de Edmondson.
  • Após o sufoco final, o Sporting, que se apresentou sem nove jogadores e o treinador Rúben Amorim – todos em quarentena -, conseguiu aguentar o sprint final do conjunto escoceses e deu um passo importante tendo em vista a fase de grupos da Liga Europa.

O melhor em campo GoalPoint

Estreia auspiciosa do lateral-direito espanhol. Emprestado pelo Manchester City, Pedro Porro foi o elemento em destaque na partida desta quinta-feira e o melhor jogador com um GoalPoint Rating de 6.6. Seguro no processo defensivo, mostrou-se acutilante nas acções atacantes e registou uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, quatro progressivos certos, dez cruzamentos, dois duelos aéreos defensivos ganhos em cinco, dez recuperações da posse e ainda bloqueou quatro passes/cruzamentos contrários.

Jogadores em foco

  • Coates 6.4 – O verdadeiro “patrão”. Foi o esteio da equipa e não tremeu na fase de maior ascendente do Aberdeen. Perdeu apenas um dos cinco duelos aéreos defensivos que protagonizou, contabilizou cinco recuperações da posse e outros tantos alívios. De realçar, ainda, os 94% de eficácia de passe, entre os quais 12 longos certos em 14.
  • Vietto 6.14 – O argentino foi o homem mais adiantado do conjunto lisboeta. Foi dele a assistência para o golo de Tiago Tomás e no registo ficaram ainda três passes para finalização e quatro faltas sofridas.
  • Tiago Tomás 5.7 – Estreia nas competições europeias para mais tarde recordar. Herói da noite, o avançado foi letal na hora H: dois remates e um golo. Juntou ainda 21 acções com a bola, duas das quais na área contrária.
  • Adán 5.7 – Um dos estreantes da noite. No primeiro teste da época, parece ter ganho vantagem face à concorrência de Max. Na única vez que foi testado, respondeu com uma defesa atenta, acertou todos os 14 passes que fez.
  • Feddal 6.0 – Outro dos estreantes do dia. O central marroquino não comprometeu, apesar de ter demonstrado alguma precipitação no capítulo do passe – dez falhados em 79 feitos, mas foi intransponível nos quatro duelos aéreos defensivos que protagonizou. Na frente criou uma ocasião flagrante.
  • Jovane Cabral 4.3 – Exibição pouco feliz da nova coqueluche de Alvalade. Apesar de ter enquadrado dois de quatro remates, acabou por desperdiçar duas ocasiões flagrantes de golo e nem os 92% de eficácia de passe e os dois dribles certos em quatro lhe salvam a nota..
  • Ash Taylor 6.0 – Foi o melhor jogador do Aberdeen em cena. O central esteve imparável nos duelos aéreos, tendo ganhos os três defensivos em que participou e cinco dos sete ofensivos. E ainda somou cinco alívios..

Resumo

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