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Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu
Este domingo, os delegados ao congresso do SPD aprovaram o início das negociações com os conservadores de Angela Merkel. A moção defendida por Martin Schulz, líder do partido, foi aprovada com 362 votos a favor, 279 contra e uma abstenção. As negociações deverão começar já na próxima semana.
Antes de a votação começar, Martin Schulz, o líder dos sociais-democratas, quis deixar um apelo ao voto no “sim”, alertando para a possibilidade de um descalabro europeu caso o SPD não quisesse contribuir para a estabilidade política na Alemanha, através da entrada num Governo liderado pelos democratas-cristãos.
No congresso extraordinário em Bona, Schulz comprometeu-se a “melhorar” o acordado, com o objetivo de alcançar uma saúde pública mais igualitária e levantar as restrições ao reagrupamento familiar impostas pelo bloqueio conservador. Avançou ainda a sua intenção de “rever” o que for alcançado a meio da legislatura, se governar com Angela Merkel.
De acordo com o Público, 362 votos a favor do “sim” dão, assim, início às negociações formais com a CDU, que deverão começar já na próxima semana. Caso sejam bem sucedidas, os cerca de 450 mil militantes sociais-democratas terão de aprovar o resultado das negociações formais, o que deverá acontecer até finais de Março.
Para além de ser necessária a aprovação dos militantes do SPD, as negociações formais serão complicadas. No texto aprovado este domingo, não se exige que a liderança dos sociais-democratas imponha novas condições à CDU em relação ao princípio de acordo que já existe, mas muitos militantes e organizações influentes têm essa expectativa.
Já do outro lado, alguns setores dos democratas-cristãos já disseram que só serão feitos ajustamentos ao que já foi acordado e que não serão discutidas novas condições.
“A Europa está a observar-nos”, alertou Schulz, que insiste na necessidade de entrar no futuro Governo alemão para promover com a França “as reformas de que a UE precisa”.
Merkel saúda o “sim”
Depois do congresso extraordinário do Partido Social-Democrata, a chanceler alemã saudou o “sim” dos social-democratas para iniciar negociações com o seu partido para formar um novo Governo de coligação.
“Temos muito trabalho pela frente”, disse Merkel, mostrando-se, porém, confiante de que as reuniões irão decorrer num “clima de sensatez”, apesar das divergências quanto aos conteúdos.
Segundo a TSF, entre os principais objetivos, a chanceler apontou o impulsionamento da economia, o digital, a justiça social e a segurança nacional. “Para nós, é importante, nestas negociações, que a Alemanha tenha um Governo estável, que possa enfrentar as questões do futuro e procurar soluções”, declarou a chanceler.
Na próxima segunda-feira, os dois partidos irão reunir-se para definir o plano do processo negocial, que deverá começar, segundo Angela Merkel, “muito rapidamente”.
