Trio d’ataque mostrou garras leoninas e deixou os leões a um pequeno passo de conquistar o campeonato.
Na receção ao aflito Portimonense, a turma de Alvalade foi mordaz, não concedeu qualquer tipo de veleidades ao fraco opositor e venceu de forma confortável por 3-0, um resultado que poderia ter sido ainda mais amplo, dada a supremacia demonstrada no decurso de toda a partida.
Paulinho abriu a contagem, Trincão ampliou e Gyökeres fechou as contas. Com mais três pontos no bolso e a garrafa de champanhe no frigorífico, a equipa leonina terá de aguardar até à noite deste domingo para saber se irá antecipar o festejo ou aguardar mais uma semana para depender só de si na hora de levantar o troféu.
Trio d’ataque mostrou garras leoninas
Ao minuto nove, a tribuna de Alvalade – foram 49.557 as pessoas que protagonizaram a enchente da época – levantou-se e homenageou com sentidos aplausos Manuel Fernandes. Arrasador. O Sporting não concedeu veleidades ao Portimonense e dominou por completo a primeira metade do encontro.
Com três novidades no onze – Jeremiah St. Juste, Daniel Bragança e Geny Catamo titulares no Dragão foram substituídos Ricardo Esgaio, Nuno Santos e Viktor Gyökeres, respectivamente —, nos algarvios, Paulo Sérgio apostou em Seck e Hildeberto Pereira nas vagas de Filipe Relvas e de Tamble Monteiro -, o “leão” foi voraz, mandão, chegou a asfixiar o Portimonense em inúmeras ocasiões, pecou apenas no momento da finalização e ainda viu Nakamura agigantar-se na defesa do tempo algarvio com quatro intervenções – três das quais detiveram ocasiões flagrantes -, ao todo evitou 1,8 golos (defesas – xSaves).
Neste período, contabilizou 28 ações com a bola na área contrária, 14 remates (cinco no alvo), um dos quais aos ferros e 64% da posse.
Ao minuto 13, Paulinho mostrou os dentes e desatou o nó para gáudio dos 50 mil espectadores que encheram as bancadas do reduto verde e branco, o pendor manteve-se com uma sucessão de ocasiões criadas e… desperdiçadas – golos esperados (xG) de 2,30 – , perante um opositor que se limitou a defender como conseguia e pouco fazia em termos ofensivos e chegou ao intervalo com apenas um remate (desenquadrado) e cinco ações na área contrária.
Nuno Santos regressou ao onze e justificou a importância na manobra da equipa com uma assistência, num total de quatro passes para remate, cinco cruzamentos (quatro eficazes), 26 ações com a bola e um GoalPoint Rating de 6.8.
Não obstante ter baixado o ritmo frenético com que apertou o opositor na metade inicial, o Sporting continuou na mó de cima, acutilante, a circular a bola com fluidez e em busca do golo da tranquilidade.
Por sua vez, o Portimonense não conseguia trocar cinco passes em progressão e continuava acantonado no seu eixo defensivo, sem criatividade e em busca de um milagre.
Nakamura continuou a adiar o segundo tento com mais uma sucessão de grandes estiradas, mas nada conseguiu fazer quando aos 69’ Paulinho “ofereceu” o 2-0 (após excelente iniciativa individual) a Francisco Trincão, o nono golo na prova para o camisola 17.
Os adeptos que encheram Alvalade subiram os decibéis da festa e ainda gritaram por mais uma vez já no período de descontos, altura em que o inevitável Gyökeres carimbou o placard final e decretou o 16.º triunfo caseiro da equipa lisboeta em 16 partidas nesta edição da prova.
Com mais três pontos, os “leões” estão a um pequeno passo de arrebatarem o título, algo que poderá ocorrer já neste momento caso o Benfica não vença o Famalicão.
A formação orientada por Paulo Sérgio continua estacionada no 16.º posto com 28 pontos – lugar de acesso ao playoff de permanência, não venceu há quatro rondas, sofre golos há oito jogos consecutivos e nos últimos 13 duelos em que entrou em acção apenas venceu um.
Melhor em campo
Quem o viu e quem o vê… desde Janeiro! Trincão está a atravessar um grande momento e tem sido uma das peças mais constantes e determinantes deste Sporting.
No duelo deste sábado destacou-se com dois remates, um golo, três passes para remate, quatro cruzamentos (dois eficazes), falhou apenas dois dos 42 passes feitos, recebeu sete passes progressivos, contabilizou um total de 67 ações com a bola, cinco das quais na área contrária, venceu seis duelos, perdeu cinco e sofreu duas faltas. Pecou apenas nos três desarmes sofridos e nas 12 perdas da posse. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 8.1.
Resumo
// GoalPoint