Sismo de intensidade 7,3 faz pelo menos 335 mortos na fronteira do Iraque e Irão

Abedin Taherkenareh / EPA

Sismo de 7,3 fez pelo menos 238 mortos no Iraque

Pelo menos 335 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no forte sismo que abalou no domingo o nordeste do Iraque e as regiões fronteiriças no Irão e na Turquia.

O número de vítimas mortais do violento sismo que atingiu no domingo o nordeste do Iraque e as regiões fronteiriças no Irão e na Turquia atingiu já os 335, no lado iraniano, de acordo com um novo balanço do instituto de medicina legal.

No balanço anterior, as autoridades iranianas tinham dado conta de pelo menos 213 mortos e cerca de 1.700 feridos.

Até ao início da manhã desta segunda-feira, apenas o Irão tinha anunciado um balanço oficial provisório, que não tem parado de aumentar nas últimas horas.

Segundo o Expresso, as zonas mais afetadas ficam do lado do Irão, com pelo menos 207 mortos registados na província iraniana de Kermanshah, e pelo menos seis no Iraque. As autoridades dizem que o balanço de mortos deverá aumentar à medida que as equipas de resgate forem recuperando os corpos das vítimas.

O serviço geológico norte-americano, USGS, registou o abalo à profundidade de 25 quilómetros, a cerca de 30 quilómetros a sudoeste da cidade de Halabja, numa zona montanhosa da província iraquiana de Souleimaniyeh.

O sismo, que foi registado pelas 18:18, em Lisboa, foi inicialmente reportado como tendo a magnitude de 7,2 na escala de Richter. No entanto, no mais recente balanço, a AFP refere que o abalo foi de 7,3.

Em dezembro de 2003, um sismo destruiu a cidade histórica de Bam no Irão, na província de Kerman, no sudeste do país. Pelo menos 31 mil pessoas morreram. Em abril de 2013, o Irão sofreu dois sismos de magnitude 6,4 e de 7,7 – este último, o pior abalo desde 1957 no país. Os dois causaram cerca de 40 mortos no Irão e no vizinho Paquistão.

Em junho de 1990, um terramoto de magnitude 7,4 no Irão, perto do Mar Cáspio (norte), causou 40 mil mortos, mais de 300 mil feridos e deixou desalojados 500 mil pessoas. Uma área de 2.100 quilómetros, composta por 27 cidades e 1.871 aldeias espalhadas pelas províncias de Ghilan e Zandjan, foi devastada numa questão de segundos.

Barragem danificada em situação “preocupante”

O ministro dos Recursos Hídricos do Iraque, Hassan al Janabi, afirmou esta segunda-feira que a situação na barragem de Darbandijan, no nordeste do país, danificada pelo terramoto de ontem à noite ocorrido na fronteira com o Irão, é “preocupante”.

A barragem, situada no rio Diyala, tem “danos visíveis”, mas ainda é desconhecido o alcance dos mesmos, afirmou o ministro em comunicado.

U.S. Army Corps of Engineers / Wikimedia

Barragem de Darbandikhan, no Iraque

Poucas horas depois do terramoto, o diretor da barragem de Darbandijan, Rahman Jani, disse que foram detetadas fendas na superfície da infraestrutura e pediu à população que evacuasse a zona.

Uma equipa de engenheiros e geólogos do Ministério dirigiu-se hoje ao local para dar apoio às equipas de socorro e avaliar os danos. O ministro afirmou que a prioridade é agora oferecer “segurança” aos cidadãos, motivo pelo qual as autoridades pretendem esvaziar o reservatório de forma gradual.

Segundo o comunicado do ministro iraquiano, a barragem de Darbandijan contém neste momento 1,5 mil milhões de metros cúbicos de água, estando a 55% da sua capacidade. O ministro aconselhou à população que vive a jusante da barragem que “tome precauções” e “se afaste” do leito do Diyala.

// Lusa

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