Seis projetos de modernização das Forças Armadas falharam em 2021

José Sena Goulão / Lusa

Seis projetos da Defesa, que equivalem a cerca de 10% do projetado na Lei de Programação Militar de 2021, derraparam em 2021.

Segundo o Público, a rede fixa de comunicações militares, o sistema de contra informação das Forças Armadas, a compra de helicópteros da Marinha, a construção de dois navios salva vidas, a modernização dos C-130 e a compra de helicópteros ligeiros de ataque são os seis projetos que estavam calendarizados para 2021 e cujos prazos de conclusão derraparam.

Tal deve-se à baixa execução da Lei de Programação Militar (LPM) no ano passado. Os seis projetos correspondem a cerca de 10% do total de 69, sendo que a 25 são reconhecidos atrasos “passíveis de recuperação até ao final do prazo planeado” e 38 estão a cumprir os prazos.

O diário aponta que, no relatório da LMP, estão classificados em “caminho crítico”, o que significa que terminarão para lá do prazo inicialmente previsto.

A meta para 2021 para a rede fixa de comunicações militares, iniciada a 1 de janeiro de 2019, era que 24,86% estivesse já realizado, mas o nível de execução foi de 15,03%. A data do fim do projeto, cujo objetivo é sustentar a rede e plataformas das comunicações através de cinco operadores de rede, é agora apontada para 2030.

Já em relação ao sistema de atividades de contra informação nas Forças Armadas, deviam ter sido compradas cinco viaturas descaracterizadas em 2021, uma meta depois reduzida para três. O Público noticia, porém, que nem uma foi adquirida, num projeto orçamentado em 163 mil euros.

A execução dos helicópteros Lynx da Marinha, a construção de dois navios salva vidas e a modernização dos aviões C-130H também ficaram atrasados.

Por outro lado, a aquisição de cinco helicópteros ligeiros de ataque, que tinham uma dotação superior a 53 milhões de euros, com uma entrega de duas unidades prevista para 2021, não foi executada. A data real apontada para o fim do projeto é 2030.

Por ramos, o Exército é o que tem maior nível de execução, com 89%, correspondente a cerca de 48 milhões de euros; seguindo-se a Marinha com 69%; a Força Aérea, com uma taxa de execução de 53%; e o Estado-Maior General das Forças Armadas a contabilizar 29% da execução prevista.

A taxa de execução de 54% da LPM em 2021 é uma das mais baixas dos últimos anos, verificando-se mesmo uma descida acentuada face aos anos anteriores.

ZAP //

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