O ex-Papa Bento XVI ficou gravemente doente depois de visitar o seu irmão que esteve internado na Alemanha em junho e a sua condição é “extremamente frágil”, contou o seu biógrafo oficial, Peter Seewald, depois de o ter encontrado no sábado, no Vaticano.
De acordo com uma reportagem divulgada esta segunda-feira pelo Passauer Neue Presse, citando o biógrafo, Bento XVI, de 93 anos, sofre de erisipela no rosto, um vírus que causa uma erupção facial e dor intensa.
“Segundo Seewald, a saúde do papa emérito agora é extremamente frágil”, lê-se na edição do jornal alemão, citada pela agência AFP. “O seu pensamento e a sua memória são rápidos, mas a voz é dificilmente audível no momento”.
O biógrafo terá visitado Bento XVI em Roma para apresentar a sua biografia, que deverá ser publicada em novembro. “Na reunião, o papa emérito, apesar da sua doença, estava otimista e declarou que, se a sua força aumentasse novamente, possivelmente pegava na caneta novamente”, contou Seewald ao jornal.
Bento XVI visitou o irmão doente Georg na Alemanha em junho, sendo a sua primeira viagem para fora da Itália desde a sua demissão em 2013. Georg Ratzinger morreu duas semanas depois, aos 96 anos. Os irmãos eram muito próximos e foram ordenados sacerdotes no mesmo dia.
O ex-papa, cujo nome é Joseph Ratzinger, vive num pequeno antigo mosteiro dentro do Vaticano. Ficou longe dos olhos do público desde que se tornou o primeiro Papa em 600 anos a demitir-se, apontando motivos de saúde. Tradicionalista da Igreja Católica, foi substituído pelo reformista Papa Francisco.
Peço desculpa (eu que não sou católico nem acredito, com todo o respeito, nessas histórias dignas do Sci-Fi): Bento XVI não se demitiu, resignou. São, apesar de tudo, conceitos jurídicos diferentes, ainda que próximos. É a mesma situação do Rei João Carlos em Espanha.
Precisamente…
É de louvar este rigor de linguagem, tanto mais quando provém de uma pessoa não católica e não crente…
Felicito-o, por isso… eu que sou crente e católico…
E mais… não é ex-Papa, é Papa emérito…
Com o devido respeito por quem escreveu o texto (e por quem é responsável por notícias de teor religioso), devo dizer que a ignorância neste campo (expressa na imprecisão de termos utilizados em tais notícias) chega a ser, não raras vezes, atroz…
Talvez fosse mais sensato os srs. jornalistas se informarem muito melhor antes de se “aventurarem” na escrita de notícias sobre religião…
O problema reside justamente na estirpe de jornalistas que estamos a formar. Uma tragédia inimaginável que conheço por dentro. Faço o que posso. Infelizmente, não é suficiente. Nem nos alunos que reprovo (e são muitos) nem naqueles a quem ajudo a melhorar a escrita (muitos menos, visto que, na realidade, o que querem é o canudo e não o conhecimento).
Dizia o saudoso Dr. Henrique Medina Carreira: “O ensino em Portugal é um embuste, uma trapaça”. Ele sabia do que falava. Infelizmente eu sei, em primeira mão, porque o dizia.
Quanto à questão de sermos ou não crentes, com o devido respeito, é uma questão pessoal. Respeito quem é crente. As suas crenças, as suas convicções, mesmo que a mim me pareçam “estranhas”. Tal como espero que os crentes respeitem a minha descrença.
Saudações cordiais!