Salgado vendeu palacete por 14 milhões de euros (mas só 2,8 milhões foram arrestados)

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Manuel De Almeida / Lusa

Ricardo Salgado (E), ex-presidente do BES, à saida do Tribunal Central de Instrução Criminal

Em 2023, o palacete da família Espírito Santo foi vendido a uma empresa americana por 14 milhões de euros, mas apenas 2,8 milhões foram arrestados pelo tribunal.

O palacete da família Espírito Santo, conhecido como Palácio Rosa, localizado em Cascais, foi vendido a uma empresa americana por cerca de 14 milhões de euros. A transação foi concluída em 2023, através da venda da Casa dos Pórticos – Sociedade de Administração de Bens, empresa que detinha o imóvel.

Segundo o Correio da Manhã, operação ocorreu em coordenação com o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) e o Ministério Público (MP) devido ao processo BES/GES. Cerca de 2,8 milhões de euros do valor total da venda foram arrestados pelo TCIC em substituição do arresto da quota de 20% que era detida por Maria João Bastos, esposa de Ricardo Salgado, na Casa dos Pórticos.

A Davis Investment Holdings, constituída no estado do Delaware, Estados Unidos, foi a compradora do imóvel. Inicialmente colocado à venda em 2022 por 16 milhões de euros, o imóvel acabou por ser vendido por cerca de 14 milhões de euros.

O Palácio Rosa, localizado junto à Boca do Inferno em Cascais, é um imóvel emblemático com uma vista para o mar. Ricardo Salgado e os seus irmãos herdaram o palacete da mãe, Maria da Conceição Morais Sarmento Cohen do Espírito Santo Silva, que morreu em 2010. A Casa dos Pórticos detinha o imóvel desde 1998, com o capital social dividido igualmente entre a mãe de Salgado e os seus cinco filhos.

Este ano marca o décimo aniversário do colapso do Grupo Espírito Santo (GES) e do Banco Espírito Santo (BES). Em meados de 2014, o GES colapsou devido à falta de liquidez, seguido pelo BES que, como principal financiador do GES, foi igualmente afetado. Em 4 de agosto de 2014, o BES sofreu uma intervenção que resultou na sua divisão em Novo Banco, que herdou os ativos bons, e BES ‘mau’, que ficou com os ativos tóxicos.

O julgamento do caso BES/GES está marcado para começar em 15 de outubro de 2024. Ricardo Salgado é um dos 19 arguidos no processo, que visa esclarecer o colapso do BES, responsável por um prejuízo de 11,8 mil milhões de euros, segundo o Ministério Público.

ZAP //

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4 Comments

  1. País maravilhoso. Se um desgraçado com fome, roubar uma lata de sardinhas num supermercado, apanha uma carga de porrada, e como castigo pela sua vil atitude que põe em causa os postos de trabalho do proprietário (estrangeiro, com certeza) é condenado a uma pena de 3 anos de prisão, para aprender que Portugal não se rouba, e que é um exemplo admirado por todo o mundo pela educação da população, ausência de criminalidade e paraíso para migrantes, que obtêm aqui todo o respeito e carinho e admiração dos “gobernantes” portugueses. Acho que cada vez mais, devemos estar orgulhosos do país em que vivemos. E ainda em perspectiva de sermos campeões da Europa em futebol. Viva Portugal!!!!!!!

  2. Ó “meu” Salgado, quanto do teu sal, so as lágrimas “do” Portugal!

    …na hora de pagar impostos, as lágrimas são slagadas!

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