Após quase três semanas, a Rússia lançou esta quinta-feira vários ataques com mísseis contra diversas cidades ucranianas, incluindo Kiev, Lviv, Kharkiv, Odessa e Dnipro.
De acordo com a agência Reuters, que cita os serviços de emergência ucranianos, os ataques mataram pelo menos seis civis – cinco em Lviv e um em Dnipro. Causaram também danos significativos nas redes de fornecimento energético em várias localidades e regiões do país, causando apagões.
No Telegram, o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, indicou que 40% dos habitantes dessa região ficaram sem acesso à eletricidade.
A central nuclear de Zaporíjia, ocupada pelos russos, também perdeu a ligação à rede energética ucraniana, estando a garantir o abastecimento de eletricidade através de 18 geradores de emergência, com capacidade para dez dias.
O general Valeri Zalujni, das Forças armadas da Ucrânia, falam em “81 mísseis de vários tipos” disparados pela aviação e pelos navios de guerra russos estacionados no mar Negro, garantindo que intercetaram 34 mísseis de cruzeiro e quatro drones.
De acordo com a mesma fonte, entre os projéteis foram identificados seis mísseis hipersónicos Kinzhal, um tipo de arma que a Rússia descreve como um “míssil de baixa altitude e com uma trajetória imprevisível, que consegue iludir as linhas de interceção e que é invencível perante todos os atuais e futuros sistemas de defesa de mísseis aéreos e terrestres”.
Também no Telegram, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que forma atingidos edifícios residenciais e infraestruturas críticas em dez regiões da Ucrânia e denunciou as “táticas miseráveis” dos russos para “aterrorizar civis”.