Rússia deixa Kherson

Hannibal Hanschke / EPA

Retirada anunciada pelo exército russo, que deixou de conseguir entregar mantimentos. Era a única capital regional ucraniana dominada pela Rússia.

Dia de dois recuos russos em Kherson, cidade que ocuparam há meses, logo na fase inicial da guerra na Ucrânia.

Nesta quarta-feira o ministro da Defesa da Rússia, Serghei Shoigu, ordenou a retirada do exército russo daquela cidade.

Os responsáveis de Moscovo definiram que deixou de ser possível ocupar aquela cidade do sul da Ucrânia, porque deixou de ser possível entregar mantimentos no local.

Outras zonas da margem ocidental do rio Dnipro também deixaram de ser acessíveis para as forças de Moscovo, que agora se reagrupam na outra margem do mesmo rio.

Kherson era a única capital regional ucraniana dominada pela Rússia e foi uma das quatro regiões anexadas nos “referendos” organizados pelo Kremlin.

Agora o exército da Rússia concentra-se, em grande parte, para tentar controlar precisamente Lugansk, Donetsk e Zaporíjia – as outras regiões que votaram a integração oficial no território da Rússia.

Esta retirada foi anunciada poucas horas depois da morte de um administrador-adjunto da região de Kherson.

Kirill Stremousov era ucraniano mas tinha-se juntado ao lado russo, tendo sido promovido a um dos responsáveis por Kherson.

O braço-direito do presidente Vladimir Putin, na região, morreu num acidente de carro. Tinha 45 anos e ainda há poucas informações sobre o acidente.

Kirill Stremousov era procurado pela polícia ucraniana por traição e foi sancionado pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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