A campanha de Donald Trump usou a canção “You can’t always get what you want” no último comício em Tulsa. A banda ameaçou o Presidente com uma ação na justiça se continuar a usar as suas músicas.
Os Rolling Stones ameaçaram o Presidente norte-americano, Donald Trump, com uma ação na justiça se continuar a usar as suas músicas em ações de campanha.
Num comunicado divulgado pela imprensa norte-americana, os Rolling Stones adiantam que entregaram o assunto aos seus advogados e que estão em contacto com a associação internacional que protege os direitos de autor (BMI) com o objetivo de impedir o uso não autorizado das músicas por Trump.
A campanha do atual Presidente usou a canção “You can´t always get what you want” no seu último comício em Tulsa, Oklahoma, e já o tinha feito pela primeira vez em 2016, também num comício.
“Esta pode ser a última vez que o Presidente Donald Trump utiliza canções dos Stones”, refere o comunicado da banda, citado pelo diário Deadline, especializado em notícias sobre Hollywood e o mundo do entretenimento.
“Apesar das indicações de cessação e desistência de Donald Trump no passado, os Rolling Stones decidiram tomar medidas adicionais para impedir a utilização das suas canções no futuro e em todas as suas ações de campanha”, adianta o mesmo comunicado.
“A equipa de advogados da banda britânica está a trabalhar com a BMI”, refere ainda o comunicado, para acrescentar que a BMI notificou a campanha de Trump, em nome da banda, de que o uso não autorizado das suas músicas constituirá uma violação dos contratos que protegem os direitos de autor e que, se a utilização persistir, enfrentará um processo por reprodução não autorizada de música.
Esta não é a primeira vez que Donald Trump tem problemas por usar canções nos seus comícios de forma não autorizada pelos autores.
A família de Tom Petty, falecido em 2017, também avisou o Presidente para não usar a música “I won’t back down” no comício de Tulsa. Através do Twitter, a família de Petty precisou que, além de não ter autorizado a reprodução da música, o cantor nunca concordaria que uma canção sua fosse usada numa “campanha de ódio”.
ZAP // Lusa