Rio na porta de saída. Cartas começarão a ser jogadas no Conselho Nacional de 19 de fevereiro

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Rui Rio, presidente do PSD

Rui Rio, presidente do PSD

O ainda líder pretende que a corrida à liderança esteja concluída antes do final do primeiro semestre de 2022.

Depois de uma reunião da Comissão Política Nacional que durou mais de três horas, Rui Rio clarificou finalmente a sua posição no que respeita ao futuro do PSD: abandonará a liderança até julho. “Se eu admitisse ser outra vez candidato a primeiro-ministro, podia fazer esse caminho de cinco anos. Não havendo nenhum objetivo a prosseguir, o Conselho Nacional deverá decidir a antecipação dessas eleições”, resumiu.

O objetivo do ainda líder é que todo o processo esteja concluído “o mais tardar no início de julho”. Para já, e depois do encontro de ontem, há um Conselho Nacional marcado para 19 de fevereiro, em Barcelos, onde deverá ficar definido o calendário para a sucessão.

“Vamos ouvir o Conselho Nacional e o Conselho Nacional deve marcar as eleições diretas”, esclareceu Rio, que reafirmou a sua legitimidade para continuar como líder até às próximas eleições diretas e consequente congresso. “Eu não abandono, tenho sentido de responsabilidade […] Tenho legitimidade para ser presidente do partido por dois anos.”

Mesmo assim, o líder fez questão de informar que não representará qualquer entrave à sucessão, mesmo que seja mais cedo do que o próprio prevê. “Acho que o razoável é o partido resolver este assunto no primeiro semestre, até ao início de julho. Se quiserem antecipar ainda mais pode-se antecipar ainda mais. Aceito qualquer data no limite do razoável. Não é preciso ser a mata-cavalos, mas também não vamos eternizar isto.”

À semelhança do que já tinha dito após a audiência com o Presidente da República, Rui Rio reafirmou a sua vontade de tomar posse como deputado e de estar em funções durante as discussões relativas ao programa de governo e do Orçamento do Estado. Já sobre o futuro a longo prazo, a decisão ainda está por tomar.

O Conselho Nacional de 19 de fevereiro será, assim, a primeira oportunidade para alguns dos nomes apontados à liderança do PSD — Luís Montenegro, Miguel Pinto Luz, Paulo Rangel ou Jorge Moreira da Silva — mediram as suas possibilidades e contarem apoiantes para uma potencial corrida.

ZAP //

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