O rinoceronte que chorou depois de ter o seu chifre removido por caçadores furtivos, está de regresso à vida selvagem na África do Sul.
Em 2016, cinco rinocerontes foram alvo de um ataque de caça furtiva e Seha foi o único sobrevivente.
Logo após o ataque, tornou-se viral nas redes sociais uma imagem do rinoceronte com lágrimas a correr pelo seu rosto, provocando indignação entre os amantes de animais de todo o mundo. Desde então, Seha foi submetido a 30 operações para tratar as feridas profundas causadas pela remoção do seu chifre.
O animal foi acolhido pela Saving The Survivors, uma organização veterinária que resgata animais que sobreviveram a ataques de caça furtiva.
“Mais de metade dos rinocerontes sucumbem aos ferimentos e morrem depois de serem atacados”, disse Tristan Wood, diretor da organização, à Newsweek. Os caçadores furtivos “removeram tudo, incluindo partes do crânio”. “Teve uma ferida horrível, mas conseguiu sobreviver.”
Agora, após anos de várias operações e cuidados, Seha foi libertado na reserva de Marataba, esta segunda-feira, juntamente com duas fêmeas, na esperança de que se reproduzam e ajudem a manter as populações.
Welcome home Seha!
Thank you to everyone who has stood by Seha over the past 6 years! We will bring you the full story of his epic journey soon…..@BabyRhinoRescue @rickygervais @CraghoppersUK @FordSouthAfrica @araindustries2 @Rhino_Sport @Papertrophy @LMesitran @africageo pic.twitter.com/iQRMXkER8R
— Saving The Survivors (@SavingSurvivors) January 24, 2022
Viver nesta reserva vai permitir que o animal seja acompanhado de perto e tratado quando necessário.
A África do Sul tem a maior população de rinocerontes do mundo. Sendo uma espécie em vias de extinção, como os elefantes africanos, centenas destes animais foram mortos nos últimos anos por caçadores furtivos.
O principal objetivo dos caçadores é a remoção dos chifres, que são valiosos no mercado da medicina tradicional do Extremo Oriente.
A Saving the Survivors, fundada há dez anos por Johan Marias, tenta salvar os animais que sobreviveram à caça, curando-os das feridas que lhes foram infligidas.