“As nossas escolas não precisam de refeições gratuitas. Nenhuma criança tem fome”

Senador rejeita eventual oferta de pequeno-almoço e almoço aos estudantes: “Ainda não conheci ninguém que esteja a passar fome”.

As escolas no Minnesota, Estados Unidos da América, poderão passar a oferecer pequeno-almoço e almoço aos seus estudantes, independentemente da situação financeira dos seus pais.

Nesta terça-feira decorreu o debate e a votação do projecto-lei que previa essa alteração. E houve uma intervenção que se destacou, nesse congresso estatal.

O senador Steve Drazkowski não concorda com este projecto-lei e explicou porquê: “Ainda não conheci uma pessoa em Minnesota que esteja com fome. Ainda hoje não conheço”.

“Ainda não encontrei uma pessoa em Minnesota que diga que não tem acesso a comida suficiente”, reforçou o senador, que continuou o seu discurso.

“Devo dizer que fome é um termo relativo, senhor presidente. Só comi uma barra de cereais ao pequeno-almoço, acho que estou com fome agora. Talvez seja essa a definição de fome, para alguns. Não sei. Não vi uma definição de fome no projecto-lei, senhor presidente”.

“Mas acho que a maioria das pessoas sensatas sugere que fome significa que não temos o suficiente para comer para promover o nosso metabolismo e o nosso crescimento”, acrescentou.

Uma perspectiva contrariada pelo deputado Sydney Jordan, que disse que 25% dos estudantes de Minnesota sofrem de má nutrição.

Steve Drazkowski, do Partido Republicano, considera que esta decisão é “puro socialismo” e acha que, agora, o Governo dos EUA vai “mandar no que as crianças vão comer e quanta comida é que vão comer”.

O dinheiro gasto nestas refeições escolares gratuitas (quase 400 milhões de euros até 2026) deveria ser encaminhado para melhorar a educação no geral, defendeu o senador.

A proposta foi aprovada pelo Senado e seguiu para a Câmara do Estado, para nova votação.

A revista Rolling Stone lembra que Drazkowski já tinha dito publicamente que era contra outra medida que alivia os gastos das famílias locais: maior ajuda governamental nas creches e nos infantários.

Para o senador, as crianças devem ficar em casa, pelo menos, até aos 5 anos.

ZAP //

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