/

Redes sociais: a luta por se tornarem…todas iguais

TikTok anunciou que vai permitir vídeos com duração de 10 minutos. Um artigo que mistura Youtube, Instagram e TikTok.

Noutros tempos o que estava na moda era o hi5 (que ainda existe, já agora). Depois o Twitter, pouco depois o Facebook, tendo como sucessores – no impacto – o Instagram ou o TikTok. Muitos orientais utilizam o WeChat, o QQ e o Douyin.

E não é tudo a mesma coisa? Ou, pelo menos, estas plataformas de rede social não são todas parecidas?

Para Trish Rooney, são. Foi esse o seu foco no artigo publicado no portal InsideHook.

Uma novidade relacionada com o TikTok originou esta opinião. Na segunda-feira os responsáveis por essa plataforma anunciaram que vão passar a ser publicados vídeos com duração de, no máximo, 10 minutos.

No início os vídeos no TikTok só podiam chegar a 15 segundos. Depois passaram para um minuto. Três minutos passou a ser o limite, no ano passado.

Há um ano os vídeos curtos passaram a ter um espaço próprio. E não foi no Tiktok – foi no YouTube, na (então) nova secção chamada YouTube Shorts. Como se fossem as “curtas” do YouTube.

No ano anterior, Verão de 2020, o Instagram passou a incorporar os Reels, vídeos com duração máxima de um minuto – também para competir com o TikTok, embora nunca tenha surgido essa versão oficial (tal como no caso do YouTube).

Recuando até 2013, o mesmo Instagram, que até então só se centrava na publicação de imagens, passou a contar com a componente vídeo (15 segundos), para competir com a Vine – aplicação que já não existe.

Em resumo: “Estão todos a tentar ser o melhor site para todos os formatos, em vez de se concentrarem no formato que já funciona para cada um”, analisa Trish.

Se repararmos, o YouTube começou a destacar vídeos curtos, até criou uma secção própria – fazendo lembrar o TikTok; agora o TikTok deixa que os seus vídeos sejam mais longos – algo que é frequente…no YouTube.

“Enquanto todas as plataformas estão na corrida para se adaptarem ao maior número possível de formas para obter o controlo do mercado de conteúdo de vídeo, os objectivos originais de cada uma foram passando para segundo plano. Agora temos uma mistura confusa de aplicações que parecem gostar umas das outras, mas na sua vertente pior”, continuou Trish Rooney.

E ainda fica um receio: em plena guerra na Ucrânia, pode aumentar o chamado «jornalismo-cidadão», no qual cada pessoa pode ser um repórter sem o ser – mas muitas informações e imagens divulgadas podem ser falsas ou manipuladas. Com vídeos a chegarem a 10 minutos, essa possibilidade cresce no TikTok.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.