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Cientistas chineses criaram um campo magnético estável de 45.22 Teslas. O anterior recorde era de 45 Teslas e tinha sido batido em 1999, nos EUA.
Um grupo de cientistas conseguiu bater o recorde anterior e criou o campo magnético mais forte alguma vez gerado na Terra. O íman híbrido produziu um campo de 45.22 Teslas, o que equivale um campo mais de um milhão de vezes mais forte do que o da Terra.
Este feito deu-se no Instituto de Ciências Físicas de Hefei, na China, usando um íman com um design híbrido que está a operar desde 2016. A estrutura inclui um íman resistivo colocado numa lacuna de 32 milímetros no centro de um íman supercondutor, o que permitiu que as duas forças se juntassem para produzirem um campo magnético incrivelmente forte, escreve o New Atlas.
A 12 de Agosto, o íman híbrido produziu um campo magnético de 45.22 Teslas e com uma entrada de energia de 26.9 Megawatts, quebrando o recorde anterior de 45 Teslas datado de 1999 pertencente ao MagLab, nos Estados Unidos. Para a criação deste campo, o íman resistivo contribuiu com 34.22 Teslas, enquanto que os restantes 11 Teslas ficaram a cargo do anel supercondutor.
Este recorde limita-se especificamente aos campos magnéticos estáveis, mas outros tipos de campos já atingiram forças maiores. Em 2018, por exemplo, uma equipa de cientistas japoneses gerou um campo magnético de 1200 Teslas durante cerca de 40 milissegundos, mas parte do instrumento acabou por explodir.
“Para alcançar campos magnéticos mais altos, inovamos a estrutura do íman e desenvolvemos novos materiais. O processo de fabrico dos discos Bitter (os ímanes no centro) também foi otimizado”, explica o professor Kuang Guangli, diretor académico do Instituto de Ciências Físicas.
A descoberta não é apenas notável pelos valores alcançados, já que traz consigo várias aplicações práticas. Os cientistas adiantam que pode ser usada em várias experiências científicas, com o acesso dado aos institutos e universidades de todo o mundo.
