Um novo estudo oferece informações sobre os fatores que influenciam a longevidade dos cães, esclarecendo quais as raças que tendem a viver mais tempo e porquê.
Para muitos donos de cães, o sonho de que os seus companheiros patudos vivam para sempre é um pensamento ilusório. Embora os nossos queridos animais de estimação tragam imensa alegria e companheirismo, a sua esperança de vida é, infelizmente, limitada.
Um estudo abrangente realizado pela organização de bem-estar canino Dog’s Trust UK forneceu uma análise exaustiva da longevidade de 155 raças de cães diferentes, oferecendo informações valiosas.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports, analisou dados de mais de meio milhão de cães no Reino Unido, investigando o impacto da raça, do tamanho do corpo, do sexo e das características faciais na sua esperança de vida.
Entre as principais conclusões, algumas raças destacam-se pela sua notável longevidade. Raças como Lancashire Heelers, Tibetan Spaniels, Shiba Inus, Papillons e Lakeland Terriers foram identificadas como alguns dos cães de raça pura mais longevos, com uma esperança média de vida que varia entre 14,2 e 15,4 anos.
No outro extremo, raças como os Pastores Caucasianos, Presa Canarios, Cane Corsos, Mastiffs e São Bernardos estão entre os cães de raça pura com vida mais curta, com uma esperança média de vida que varia entre 5,4 e 9,3 anos.
Curiosamente, o tamanho do corpo surgiu como um fator significativo que influencia a longevidade, com os cães maiores a apresentarem um risco 20% maior de morte precoce em comparação com as raças mais pequenas.
Além disso, escreve a Business Insider, o sexo e a estrutura facial foram identificados como fatores que contribuem para a longevidade, com os cães machos a apresentarem um tempo de vida ligeiramente mais curto do que as fêmeas e os cães com faces planas (por exemplo, Bulldogs franceses, Pugs) a terem um risco 40% maior de morte prematura devido a problemas respiratórios e doenças cardíacas.
O estudo também examinou o tempo de vida dos cães de raça cruzada, revelando que os cães de raça pura tendem a viver um pouco mais. Esta conclusão é atribuída, em parte, ao aparecimento de raças cruzadas “desenhadas” resultantes de práticas de reprodução artificial, que podem ter impacto na diversidade genética e, em última análise, afetar o tempo de vida.
Estas práticas podem também conduzir a uma diversidade genética reduzida e a um risco acrescido de doenças hereditárias, incluindo displasia da anca, perturbações endócrinas e doenças do sangue.