Portugueses queixam-se (muito) mais das entregas e menos da Segurança Social

Problemas com o reembolso, pedidos não entregues ou cobrança indevida: aumento de 62% nas reclamações.

Os portugueses estão a queixar-se mais vezes das plataformas que levam comida até casa.

Olhando para os registos do Portal da Queixa, ao longo do ano passado houve 2.903 reclamações sobre serviços de entrega de refeições ao domicílio.

Este número representa um aumento de 62%, comparando com os dados do ano anterior (1.793 queixas). E em 2022 até se poderia pedir mais vezes comida sem sair de casa, porque a pandemia estava noutra escala.

Há três motivos mais frequentes na lista de reclamações: problemas com o reembolso (42%), pedidos não entregues (21,3%) e cobrança indevida (10%).

No início deste ano o número continuou a aumentar: até 11 de Fevereiro houve 365 queixas, mais 48,4% do que as primeiras seis semanas de 2023.

A Uber Eats reúne 61.1% das queixas – mas também é a que resolve mais problemas. Seguem-se Glovo (28,2%) e Bolt Food (7,1%).

A Glovo regista as piores avaliações: 19,7% de Taxa de Resposta, Tempo Médio de Resposta de 7,5% e Índice de Satisfação “Insatisfatório” – apenas 14.7/100.

Segurança Social

Outro sector frequente alvo de muitas queixas (porque também é palco de muitas movimentações) é a Segurança Social.

Mas, neste caso, em 2023 o número de reclamações baixou 9% no Portal da Queixa, com um total de 1.136 protestos.

A maioria das queixas (22,2%) está relacionada com o subsídio de desemprego. O subsídio parental originou 12,7% das reclamações e o subsídio de doença 12,3%.

Os motivos das queixas são: falta/demora para responder (43,6%); atraso no pagamento (19,8%); e solicitação indeferida (14.9%).

O número de reclamações desceu mas a Segurança Social continua a ser uma entidade com avaliação baixa: 14.8 pontos num total de 100 possíveis. A taxa de resposta é 13,3% e de solução 13,8%. Tudo números “insatisfatórios”.

ZAP //

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