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Quase 2.500 produtos retirados do mercado da UE por serem perigosos

Zellaby / Flickr

Quase 2.500 produtos foram retirados do mercado da União Europeia (UE) em 2014 por serem potencialmente perigosos para os consumidores, tendo brinquedos e peças de vestuário sido os artigos mais apreendidos, revela um relatório divulgado pela Comissão Europeia.

De acordo com o relatório anual do Sistema de Alerta Rápido da UE, o número total de notificações foi de 2.435, o que representa um aumento de 3% face a 2013, continuando a China a ser, de forma destacada, o principal país de origem dos produtos considerados perigosos, sendo responsável por 64% das notificações (percentagem idêntica à do ano anterior).

Em 2014, os brinquedos (28%) e o vestuário, os têxteis e os artigos de moda (23%) foram as principais categorias de produtos objeto de medidas corretivas, apontando o relatório que entre os riscos mais frequentemente notificados causados por estes produtos contam-se o risco de lesões, os riscos químicos e o risco de asfixia.

Os riscos químicos mais frequentes notificados em 2014 referiam-se a produtos como o calçado e os artigos de couro (por exemplo, o crómio VI, uma substância que irrita a pele), os brinquedos e os artigos de puericultura (por exemplo, os amaciadores do plástico, que podem causar problemas de fertilidade), e a bijutaria (por exemplo, metais pesados nocivos).

Já quanto aos Estados-membros da UE onde se registaram mais notificações, a Hungria encabeça a lista (291), seguida de Alemanha (273) e Espanha (272), enquanto Portugal registou 36 notificações (contra 30 em 2013).

“Todos os produtos na Europa têm de ser seguros para os nossos cidadãos. Os produtos potencialmente perigosos devem ser retirados do mercado o mais depressa possível. Foi essa a razão por que se criou o sistema de alerta rápido. Ao longo dos anos, este sistema tem-se revelado muito eficaz para garantir a segurança dos consumidores europeus. Trata-se de um exemplo muito pragmático de cooperação da UE em benefício dos nossos cidadãos”, comentou a comissária responsável pelos Consumidores, Vera Jourova.

A Comissão indicou ainda que o sítio de Internet do sistema de alerta rápido atraiu cerca de 2 milhões de visitantes em 2014, sustentando o executivo comunitário que, “graças às novas ferramentas de pesquisa, os consumidores e as empresas podem informar-se melhor sobre os produtos perigosos notificados e retirados do mercado”.

/Lusa

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