Primeiro-ministro libanês suspende demissão após pedido do Presidente

Dalati Nohra / EPA

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri

O primeiro-ministro demissionário libanês anunciou, esta quarta-feira, em Beirute que suspendeu o pedido de demissão do Governo depois de um pedido do Presidente nesse sentido.

Numa intervenção transmitida pela televisão local, Saad Hariri disse ter decidido pôr, para já, a demissão de lado, salientando a necessidade de o interesse libanês estar acima de tudo e que está “desejoso” de trabalhar para uma “verdadeira parceria” com o presidente libanês, Michel Aoun.

Hariri disse que apresentou a resignação a Aoun no Palácio Presidencial, mas depois acedeu ao pedido do chefe de Estado, que lhe pediu tempo.

O primeiro-ministro libanês anunciou a demissão do cargo a 4 deste mês numa alocução televisiva feita a partir da Arábia Saudita, deixando a população atónita e o país mergulhado numa crise política.

Altos funcionários do regime libanês acusaram a Arábia Saudita de ter forçado a demissão de Hariri e de o ter detido no país durante dias, algo que o governante negou em várias ocasiões, destacando que a sua presença naquele país tinha como objetivo “fazer consultas sobre o futuro da situação no Líbano e a sua relação com o mundo árabe”.

Na altura da sua demissão, o primeiro-ministro libanês acusou o movimento xiita Hezbollah e o seu aliado iraniano de “controlo” sobre o Líbano e afirmando recear ser assassinado.

Hariri afirmou que o país vive uma situação semelhante àquela que existia em 2005 antes do assassinato do seu pai, Rafik Hariri, que foi primeiro-ministro por duas vezes. Quatro membros do Hezbollah foram relacionados com esta morte.

ZAP // Lusa

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