O chefe de Estado angolano, João Lourenço, exonerou, por decreto, o Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas (EPAL-EP), mantendo apenas dois administradores em funções, indica uma nota da Casa Civil da Presidência.
Segundo a nota de imprensa, João Lourenço, “no uso das suas prerrogativas constitucionais”, exonerou o presidente do Conselho de Administração da EPAL, Diógenes Orsini Flores Diogo, que é substituído por Fernando João Cunha, de acordo com novo decreto.
Com Diógenes Diogo saem também os administradores executivos Pedro Manuel Sebastião, Ana Eduarda Assis de Almeida e Adão Manuel da Silva, bem como o administrador não executivo Domingos António Candeia.
No segundo despacho, João Lourenço nomeou como administradores executivos da EPAL-EP Alberto Miguel Manuel, Ângelo Sebastião Filipe e Kubikiladia Bernardete Garcia, e como administradora não executiva Celeste de Jesus Sequeira Bragança. No Conselho de Administração da EPAL mantêm-se Manuel Silva Lopes da Cruz (administrador executivo) e Armando João (administrador não executivo).
Este mês, o Presidente angolano exonerou os dois diretores-gerais adjuntos do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (Sinse), reconduzindo, porém, um deles, indica um despacho presidencial divulgado pela Casa Civil de João Lourenço. No despacho, o chefe de Estado exonera e reconduz José Coimbra Baptista Júnior e demite Fernando Eduardo Manuel, nomeando Jacinto Pedro Ricardo Figueiredo para o cargo.
Segundo o despacho presidencial, a medida é justificada por ter sido aprovada a nova orgânica do Sinse, liderado por Fernando Miala desde março de 2018, e pela necessidade de adequar o quadro de pessoal dos serviços secretos angolanos.
Também este mês, João Lourenço afastou Carlos Saturnino do cargo de presidente do conselho de administração da Sonangol, nomeando para as mesmas funções Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, atual administrador da petrolífera estatal angolana.
Segundo um comunicado divulgado pela Casa Civil do Presidente da República, o chefe de Estado exonerou, por decreto, “todas as entidades” que integram o conselho de administração da Sonangol, alegando “conveniência de serviço público” e “apoiado na Lei de Bases do Setor Empresarial Público”. A decisão surge numa altura em que o país vive uma crise de falta de combustíveis generalizada.
ZAP // Lusa