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Preços do petróleo baixam perante possibilidade de novas restrições na China

mink / Flickr

Os preços do petróleo oscilaram hoje com a perspetiva de uma menor procura na China, o maior importador de crude a nível mundial, onde as autoridades enfrentam um ressurgimento da pandemia da covid-19.

A possibilidade de confinamentos no país, que impedirão a atividade industrial e viagens, impactou a negociação do barril de Brent para entrega em junho, a referência europeia, em 4,51%, para 101,84 dólares, segundo a agência EFE.

Já a referência norte-americana, o barril da West Texas Intermediate (WTI), para entrega no mesmo mês caiu cerca de 4,55% para 97,43 dólares.

O ânimo do mercado sofreu com a situação na China, onde a pandemia da covid-19 está a piorar”, afirmou o analista da XTB Walid Koudmani, citado pela Efe.

Apesar de quase todos os 25 milhões de habitantes de Xangai estarem confinados desde o início de abril, os investidores temem um cenário semelhante em Pequim, onde o número de casos detetados está a aumentar.

“Como a China é a segunda maior economia do mundo, isto tem um efeito direto no mercado das matérias-primas”, acrescentou o analista.

A procura chinesa de certos tipos de combustível, como gasolina, gasóleo ou combustível de aviação, caiu 20% este mês face ao mesmo período do ano passado, segundo a Bloomberg.

Segundo o analista do Commerzbank Carsten Fritsch, “é pouco provável que os preços do petróleo caiam muito mais”, uma vez que a produção russa continua a diminuir e a produção foi retomada em alguns locais na Líbia.

Após a invasão russa à Ucrânia e dos países ocidentais anunciarem um conjunto de sanções tendo em vista um boicote ao petróleo russo (liderado pelos Estados Unidos da América), os preços mundiais do crude Brent ultrapassaram 139 dólares por barril.

Os analistas alertaram que a escalada poderia ir até aos 185 dólares ou, até, aos 200, num momento em que os revendedores tentavam encontrar soluções alternativas e gerir o impacto da inflação – também numa tendência crescente.

No entanto, as últimas semanas ficaram marcadas por uma inversão da tendência de subida do preço do petróleo.

ZAP // Lusa

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