Um português foi detido, na madrugada de domingo, por suspeitas de apoiar o Estado Islâmico, tendo sido hoje ouvido em tribunal, que decretou como medida de coação a prisão preventiva, informaram as autoridades judiciais.
Num comunicado conjunto da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Judiciária diz-se também que o cidadão agora arguido está radicado no Reino Unido, a partir de onde desenvolveu atividades de apoio à organização terrorista, “nomeadamente como apoio e facilitador ao movimento de outros nacionais para os territórios do Iraque e do norte da Síria”.
As duas entidades explicam que a ação policial que levou à detenção do suspeito de apoiar os combatentes do Estado Islâmico decorreu no âmbito de uma investigação criminal sobre terrorismo, nomeadamente sobre participação de cidadãos nacionais nas fileiras do grupo extremista.
“A ação policial ocorreu na madrugada de 16 de junho, efetuando-se em conformidade uma busca domiciliária à residência onde o mesmo (indivíduo) se encontrava”, refere o comunicado, que acrescenta que a investigação ainda prossegue e que se circunscreve essencialmente “aos residentes em território nacional dada a relevância processual penal em termos de competências, sendo os casos dos outros nacionais da diáspora tratados diferentemente e em sede própria”.
De acordo com o Expresso, o português detido chama-se Rómulo, é natural de Massamá e é irmão de outros dois jihadistas portugueses que combateram pelo Daesh e que foram dados como mortos em combate há já alguns meses.
O português fazia parte da chamada célula de Leyton e é suspeito de recrutar mais portugueses para a organização terrorista, acrescenta ainda o semanário.
ZAP // Lusa