Portugal já concluiu os processos para aquisição de medicamentos contra a covid-19

Kamil Krzaczynski / AFP

Janssen, vacina de dose única do grupo Johnson & Johnson contra a covid-19

Diretora-geral da Saúde garantiu que Portugal vai adquirir os fármacos através de aquisição centralizada ou não centralizada.

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, anunciou esta manhã que as autoridades portuguesas já concluíram os processos para a aquisição dos dois medicamentos contra a covid-19 já aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos, o Ronapreve e o Regkirona.

“Em relação aos dois medicamentos que são de anticorpos monoclonais, que entretanto a EMA já licenciou, já temos os processos concluídos para a aquisição centralizada e conseguimos também ter acesso por via não centralizada, ou seja, por via só do nosso país”, esclareceu a responsável, acrescentando ainda que o “Infarmed é a entidade primeiramente responsável” por estas aquisições, as quais são feitas com o apoio da Direção-Geral da Saúde.

Tal como lembra o jornal Público, os anticorpos monoclonais consistem em proteínas produzidas em laboratório que se ligam a partes específicas do vírus para ajudar o sistema imunitário a reconhecê-las e a combater a doença. Replicam os mecanismos que o sistema imunitário usa para se defender do vírus SARS-CoV-2

Relativamente aos antivirais, que também estão a ser avaliados pelo regulador europeu, Graça Freitas esclareceu que a Comissão Europeia também está a meio de um processo de aquisição centralizada, o qual “começa sempre com a previsão de necessidades“, ou seja, “cada país tem de dizer aquilo que vai necessitar para a sua população”.

“Estamos a acompanhar os novos medicamentos, estamos em todas as linhagens para a aquisição. A nossa missão é garantir que quando há uma vacina ou um medicamento eficaz a população portuguesa ou a população residente em Portugal têm acesso a esse medicamento ou a essa vacina”, afirmou a responsável.

No caso do Ronapreve, a EMA recomendou o seu uso para tratamento da covid-19 em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos, com pelo menos 40 quilos, que não necessitem de oxigénio suplementar e que correm um risco acrescido de a doença se tornar grave. O Regkirona, por sua vez, é aconselhado no tratamento de adultos com covid-19 que não necessitem de oxigénio suplementar e estejam igualmente perante um risco acrescido de a doença se tornar grave.

Estes tratamentos juntam-se assim à Dexamatesonsa e ao Remdesivir, os únicos usados especificamente contra a covid-19 no espaço europeu.

ZAP //

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