Porque é que continua a ter fome depois de comer?

Continua a sentir fome depois do almoço? Pode haver uma explicação e uma forma de resolver o problema.

Se continua a ter fome depois das refeições, pode ser que esteja a comer demasiados alimentos ricos em açúcar, que libertam rapidamente glicose no corpo.

Isto provoca um pico de insulina e consequentemente uma queda nos níveis de açúcar no sangue, o que o pode deixar com vontade de comer mais do mesmo.

Os alimentos ricos em proteínas e fibras demoram mais tempo a serem digeridos, fazendo com que se sinta saciado durante mais tempo.

As hormonas metabólicas leptina e grelina também desempenham um papel na sua fome.

A leptina é uma hormona produzida pelas células adiposas que regula a fome, proporcionando uma sensação de saciedade.

A grelina, conhecida como a hormona da fome, é libertada principalmente na parte superior do estômago e indica ao cérebro quando temos fome. Os níveis de grelina são geralmente elevados, imediatamente antes de comer e baixos depois.

Cada pessoa é diferente e há vários fatores que afetam o bom funcionamento do sistema hormonal.

Por exemplo, a obesidade pode causar uma falta de sensibilidade à leptina, o que pode fazer com que se sinta fome, mesmo depois de comer.

Períodos prolongados de dieta podem enfraquecer ainda mais a resposta da hormona da saciedade.

O sono faz uma grande diferença nos níveis de fome.

Um estudo sueco de 2022 mostrou que apenas uma noite de privação de sono levou a níveis mais baixos de leptina e níveis mais altos de grelina.

As alterações na leptina, após a perda de sono, foram pronunciadas nas mulheres e o aumento da grelina foi mais forte nas pessoas com obesidade.

Se está a pensar recorrer à sobremesa para saciar a sua fome, considere que as imagens de ressonância magnética mostraram que os centros de recompensa no cérebro se acendem com a perspetiva de doces, sendo algumas pessoas mais sensíveis do que outras.

Pode subconscientemente desejar esta resposta e anular a sensação de saciedade do prato principal.

Teresa Campos, ZAP //

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