Protestos contra Netanyahu continuam. Polícia de Israel usa canhões de água contra manifestantes

Abir Sultan / EPA

Protestos em Israel

A polícia de Israel usou canhões de água para dispersar manifestantes e deteve pelo menos 55 pessoas durante os protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que ocorreram durante a madrugada.

Nas últimas semanas uma série de manifestações têm exigido a demissão de Netanyahu por causa do processo judicial por corrupção que atinge o primeiro-ministro, ao mesmo tempo que crescem as críticas sobre as medidas contra a propagação da pandemia de covid-19 tomadas pelo frágil Governo de coligação no poder em Israel.

Na quinta-feira, os protestos começaram junto da residência do chefe do executivo, tendo decorrido de forma pacífica até ao momento em que um pequeno grupo de apoiantes de Netanyahu começou a confrontar os manifestantes da oposição.

A polícia disse que tomou posições para dispersar os protestos, através de canhões de água, quando os manifestantes da oposição tentaram organizar uma marcha pela cidade.

Israel impôs medidas de confinamento no início da pandemia, em março, tendo conseguido conter significativamente o número de contágio no mês de maio. Mesmo assim, os novos casos aumentaram depois de as restrições terem sido levantadas, nas últimas semanas. O país regista 422 mortes por covid-19 e 57 mil casos de infeção.

O governo de coligação foi formado em maio, após um ano em que se realizaram três eleições. Entretanto, Netanyahu enfrenta uma acusação judicial por corrupção e fraude. Os críticos afirmam que o primeiro-ministro está mais preocupado em fazer face ao processo judicial em curso do que no combate à pandemia.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro avisou os manifestantes para não se confrontarem com a policia considerando que as alterações da ordem podem “conduzir à anarquia”.

// Lusa

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