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Afinal, os pneus não impedem os motociclistas de serem atingidos por raios

Um motociclista foi atingido por um raio, no domingo, enquanto conduzia na Florida, Estados Unidos (EUA), que levou à sua morte, segundo fontes de notícias. Esta foi a segunda fatalidade do género a ocorrer este ano no país.

De acordo com um artigo do Live Science, divulgado na terça-feira, a morte do homem de 45 anos pode fazer com que algumas pessoas se perguntem por que os pneus de borracha da motocicleta não o protegeram do relâmpago. Mas a verdade é que essa é uma lenda urbana, disse John Jensenius, especialista em segurança contra raios do National Lightning Safety Council.

“É um mito que os pneus de borracha protegem um veículo de ser atingido por um raio”, indicou o especialista à Live Science.

Veículos são atingidos por raios regularmente. Contudo, caso se fique preso na estrada durante uma tempestade, “é melhor estar num veículo de metal de topo”, referiu John Jensenius. Isso porque o exterior de metal age como uma gaiola de Faraday.

Essa gaiola – batizada em homenagem ao cientista britânico do século 19 Michael Faraday, que estudou eletromagnetismo e eletroquímica – mantém as cargas elétricas que atingem o seu revestimento externo de metal longe do interior. Protege também, consequentemente, os passageiros dentro do veículo.

thelightningman / Flickr

Caso um veículo desse género seja atingido por um raio, “a carga elétrica passará ao redor da carcaça de metal e chegará ao chão, passando através ou sobre os pneus”, explicou John Jensenius. “Se as pessoas não puderem entrar num edifício, recomendamos que entrem num veículo de metal e mantenham as janelas fechadas”.

No caso do homem que faleceu no domingo, as autoridades informaram que um relâmpago atingiu o seu capacete.

John Jensenius desmascarou igualmente outro mito sobre relâmpagos: a ideia de que, caso se esteja a conduzir com uma alta velocidade, isso impede que o carro seja atingido por um raio. “O relâmpago viaja rápido demais para ser superado pelos humanos”, declarou o especialista.

“O tempo que leva para ir da base da nuvem até o solo é de apenas uma pequena fração de segundo”, continuou. “Durante esse tempo, qualquer veículo que viaje a velocidades de rodovia está virtualmente parado em relação ao raio”.

Desde 2006, houve 10 fatalidades relacionadas com relâmpagos e motocicletas nos EUA, “embora, em vários casos, o piloto não estivesse no veículo quando atingido”, acrescentou.

TP, ZAP //

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