A Polícia Judiciária apreendeu a particulares cartas régias escritas entre os séculos XVII e XIX e endereçadas a figuras ilustres de Beja, após o município ter levantado dúvidas sobre o seu eventual descaminho do espólio do Estado.
Trata-se de “um códice factício constituído por 165 documentos, em bifólio de papel, manuscritos entre os anos 1623 e 1806, contendo maioritariamente cartas originais enviadas em nome do Rei, do Príncipe, do Infante e da duquesa de Mântua e endereçadas a figuras ilustres da cidade de Beja”, precisa a Polícia Judiciária, num comunicado enviado hoje à agência Lusa.
A Polícia Judiciária explica que o “documento de grande relevância e valor inestimável em termos históricos, que se encontrava em posse de particulares”, foi apreendido no âmbito de uma investigação em curso “pelo facto de terem sido levantadas dúvidas pela Câmara Municipal de Beja relativamente ao seu eventual descaminho do espólio do Estado“.
De acordo com a TSF, os documentos desapareceram há largos anos da Câmara Municipal de Beja, andaram pelo estrangeiro e agora foram apreendidos na mesma cidade, onde se encontravam na posse de particulares.
A investigação ainda está em curso e, até ao momento, não foram constituídos arguidos no caso. Segundo a Polícia Judiciária, o códice factício vai ser alvo de perícia no Laboratório de Polícia Científica para determinar a sua autenticidade.
ZAP // Lusa