Pequim e Moscovo realizam exercícios navais na costa oriental chinesa

Cmdr. Jason W. Orender / U.S. Navy

O Varyag, cruzador porta-misseis classe Slava da marinha da Rússia

Pequim e Moscovo iniciaram uma série de exercícios militares conjuntos no Mar da China oriental na quarta-feira, de acordo com o jornal do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês.

Uma cerimónia inaugural realizou-se no primeiro dia à tarde, numa área não especificada do Mar da China oriental, com a participação do contratorpedeiro chinês “Jinan” e do cruzador de mísseis russo “Varyag“, disse o jornal.

Num discurso, o responsável pelos exercícios do lado chinês, Wang Yu, destacou o reforço da “parceria estratégica abrangente de coordenação entre a China e a Rússia” e a “cooperação amigável” entre as forças armadas dos dois países, sob a “liderança pessoal” do Presidente chinês, Xi Jinping, e do homólogo russo Vladimir Putin.

Após o discurso seguiram-se exercícios de treino e comunicação, além de simulacros de segurança relacionados com operações de helicóptero, informou o jornal militar.

Do lado chinês, vão participar nestes exercícios o contratorpedeiro “Baotou”, as fragatas de mísseis “Binzhou” e “Yancheng”, submarinos e sistemas de radar aéreos. A Rússia vai utilizar ainda a fragata ‘Marshal Shaposhnikov’ e duas corvetas.

Os exercícios decorrem nas águas ao largo das cidades de Zhoushan e Taizhou, na província de Zhejiang, a cerca de 500 quilómetros da costa norte de Taiwan.

Numa declaração, o ministério da Defesa da China explicou esta semana que o objetivo das manobras é “demonstrar a determinação e capacidade das duas partes para responder conjuntamente às ameaças à segurança marítima e manter a paz e a estabilidade internacionais e regionais”.

Na quarta-feira, Xi Jinping reuniu-se em Pequim com o antigo líder russo Dmitri Medvedev, apelando à moderação e ao diálogo no conflito na Ucrânia.

Xi sublinhou que a China “manteve sempre uma posição objetiva e justa” no que diz respeito à guerra na Ucrânia e “promoveu conversações de paz”.

Desde o início do conflito na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, pedindo o respeito pela “integridade territorial de todos os países“, incluindo a Ucrânia, e pelas “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.

Em fevereiro, pouco antes do início da invasão da Ucrânia, os líderes russos e chineses proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as duas nações.

Lusa //

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