O Pentágono, em conjunto com a empresa de defesa Raytheon, está a desenvolver um sistema capaz de produzir bactérias geneticamente modificadas no subsolo, com o objetivo de detetar explosivos no subsolo.
Neste projeto, iniciado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), serão criadas duas espécies bacterianas para monitorizar superfícies terrestres e encontrar materiais explosivos, disse a Raytheon num comunicado de imprensa conjunto com o Instituto Politécnico de Worcester, dos Estados Unidos (EUA), noticiou a Sputnik Brasil.
A primeira das duas espécies, conhecida como biossensor, “detetará a presença ou ausência de explosivos enterrados no subsolo”, enquanto a segunda produzirá uma “luz incandescente” caso esses materiais sejam encontrados.
Em caso de deteção de materiais explosivos, câmaras ou drones operados remotamente seriam enviados para inspecionar a área em busca dos germes incandescentes, o que os levaria aos objetos enterrados.
“Já sabemos que algumas bactérias podem ser programadas para serem muito boas na deteção de explosivos, mas é mais difícil no subsolo”, disse a pesquisadora da Raytheon, Allison Taggart. “Estamos a investigar como transportar a bactéria citada até a profundidade necessária no subsolo”, acrescentou.
Embora a iniciativa seja destinada a detetar dispositivos explosivos improvisados enterrados em zonas de guerra estrangeiras, Allison Taggart revelou que o “design modular” do sistema de entrega de bactérias e os seus componentes permitem outras aplicações, consoante seja “necessário”.