Influenciadores virtuais gerados por IA estão a transformar rapidamente a economia de criadores de conteúdo, atraindo marcas e levantando preocupações entre os influenciadores humanos.
Estes avatares digitais hiper-realistas, como Aitana Lopez, a influencer de cabelo cor de rosa com mais de 200.000 seguidores nas redes sociais, são produto de ferramentas de inteligência artificial e estão a ser usados para promoções de marcas.
Aitana, criada pela agência catalã The Clueless, é um exemplo de uma influenciadora virtual de sucesso, que se traduz numa receita de cerca de 1.000 euros por cada post promocional.
Os influenciadores virtuais fazem parte de uma tendência crescente na economia de criadores de conteúdo, que movimenta anualmente cerca de 20 mil milhões de euros, nota o Ars Technica.
O seu surgimento está a provocar alguma ansiedade entre os influenciadores humanos, que sentem os seus meios de subsistência ameaçados, em linha com o que está a acontecer com outras profissões afetadas pelo impacto das tecnologias de Inteligência Artificial generativa.
Inúmeras marca de luxo têm estabelecido parcerias de alto perfil com estes influenciadores virtuais.
A linha de produtos de beleza KKW Beauty, de Kim Kardashian, por exemplo, colaborou com a influencer digital Noonoouri, e a Louis Vuitton trabalhou com a Ayayi.
Uma das primeiras influenciadoras virtuais, Lil Miquela, uma “robô de 19 anos residente em Los Angeles”, gerou receitas substanciais com as suas colaborações com marcas de luxo como a Burberry, Prada e Givenchy.
Uma análise do Instagram de um anúncio da H&M com a influenciadora virtual Kuki mostrou um alcance e brand awareness significativamente maiores, com um custo inferior em comparação com anúncios tradicionais apresentados por influencers humanos.
As marcas acham os influenciadores virtuais atraentes devido à sua grande capacidade de chamar a atenção a custo reduzido, além de oferecerem um controlo total do seu comportamento — sem os riscos de controvérsias ou das opiniões pessoais que normalmente acompanham os influenciadores humanos.
No entanto, os influenciadores humanos argumentam que os seus homólogos virtuais devem divulgar o seu status não real. A Agência de Normas Publicitárias do Reino Unido reconhece o aumento dos influenciadores virtuais, mas não exige que seja revelada a sua origem IA, ao contrário de alguns países como a Índia.
Os influenciadores IA, mesmo quando revelam a sua natureza artificial, apresentam-se muitas vezes aos seus seguidores numa zona cinzenta entre o real e o virtual. Aitana, por exemplo, recebeu pedidos de encontros pessoais, apesar de estar abertamente rotulada como gerada por IA.
Os influenciadores virtuais são frequentemente desenhados com características racialmente ambíguas, uma estratégia criticada por projetar uma imagem progressista para visar públicos mais amplos — mas que muitas vezes não são criados pelas comunidades representadas.
Estes avatares, incluindo a nova personagem Laila, a mexicana curvilínea da The Clueless, são também alvo de críticas por perpetuarem a sexualização prevalente na indústria.
Mas nesse aspeto, não se pode propriamente dizer que os influencers virtuais sejam muito diferentes dos humanos…
Os influenciadores que arrangem competencias tecnológicas e façam um avatar.
Serão sempre mais úteis se fizerem isso do que ter a profissao de influencer.
Ora nem mais!
Só se deixa “Influenciar” quem quer ………Ná !