Nunca o elogio “gato” fez tanto sentido. Afinal, eles são parecidos connosco

Um estudo pioneiro sobre a comunicação facial felina revelou que grande parte das quase 300 expressões faciais que os gatos fazem são semelhantes às dos humanos.

Ao contrário dos humanos, “os gatos não têm vertigens”; mas, tal como nós, têm expressões faciais – e bem mais do que se imaginava.

Um estudo publicado recentemente, na Behavioural Processes, revelou novas informações sobre a comunicação entre estes pequenos felinos.

A pesquisa mostrou que os gatos exibem uma surpreendente variedade de expressões faciais para transmitir os seus sentimentos.

Foram contabilizadas 276 expressões faciais distintas, numa colónia de 50 gatos, em Los Angeles (EUA).

Mais amigáveis do que agressivos

Os investigadores observaram que cada expressão facial combinava cerca de quatro dos 26 movimentos faciais identificados, como o posicionamento das orelhas, a dilatação das pupilas, os lábios entreabertos a até a retração dos bigodes.

Num dos episódios, dois gatos passaram rapidamente de brincadeiras a para uma confrontação.

“Foi surpreendente ver a brincadeira de luta e depois como aquilo escalou para um encontro agressivo (…) verificou-se uma mudança nas expressões faciais”, disse Brittany Florkiewicz, líder da investigação e professora de psicologia no Lyon College, em Batesville (EUA), citada pela Live Science.

Os investigadores concluíram que as expressões dos gatos eram maioritariamente amigáveis (45%) do que agressivas (37%), com 18% a serem ambíguas ou pertencentes a ambas as categorias.

Parecidos “connosco”

A equipa de investigação constatou que muitas das expressões faciais são semelhantes entre várias espécies, incluindo seres humanos, cães e macacos.

Esta pesquisa pode abre caminho para uma melhor avaliação e compreensão do mundo deste felinos, e até no desenvolvimento de aplicações tecnológicas para decifrar expressões faciais dos gatos.

“Esperamos que os abrigos de animais e sociedades humanitárias possam usar a nossa pesquisa para ajudar a avaliar melhor os gatos aos seus cuidados,” confessou Brittany Florkiewicz.

O estudo vem trazer uma nova perspetiva sobre os gatos – muitas vezes vistos como enigmáticos – e promessa de aprimorar as interações humano-gato.

ZAP //

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